A volta 174 das 500 Milhas

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O seu passeio na sequência de imagens que o site do jornal Indianápolis Star publicou hoje vai ajudar a compreender como foi a panca que tirou Vitor Meira de boa parte dessa temporada.
A sequência mostra a força do impacto no SAFER e como o dispositivo ajudou a evitar maiores ferimentos no brasileiro que já está na casa dele em Miami, onde vai fazer fisioterapia pra se recuperar das microfraturas nas vertebras lombares L1 e L2.
Repare na foto que mostra como, mesmo com o cinto de segurança apertado, o capacete do Vitor bate no volante do carro. Impressiona, mas pra nós que gostamos de esportes a motor é uma boa forma de entender uma evolução na segurança é sempre bem vinda.
Como não sou expert nessas postagens aqui, peço que copiem os dados acima e surfem até lá, ou sigam até o site no
www.indystar.com e cliquem em sports.

Antes da vitória

Esta foto mostra o momento no qual Hélio Castroneves ( que como Jorge Benjor, que era Jorge Ben, mudou a grafia do nome), joga um boné para os fãs.

Ele caminhava para a entrevista coletiva logo depois de sua equipe vencer a competição de pit stops no Carburation Day.

O povo estava acompanhando o brasileiro, acenando, falando com ele e ele decidiu jogar o boné.

Foi apenas um dos momentos deste mês de maio, apontando para o favorito do público e que nesta terça feira recebeu o premio de tres milhões, quarenta e oito mil e cinco dólares. O maior da bolsa total de catorze milhões, trezentos e quinze mil e trezentos e quinze dólares.

Cinco pilotos e uma grande história

Mario Moraes despediu-se da prova muito cedo, na primeira curva.

Tony Kanaan terminou um mês de trabalho no muro, longe da gloria que merece e que tanto persegue aqui em Indianápolis. Meio de corrida, suspensão quebrada, carro no muro.

Depois viria o incêndio no carro do Vitor Meira. Na mesma hora em que Rafael Matos perdeu tempo nos pits, depois de chegar na turma da liderança. Bela corrida de Rafa, muita sorte do Vitor.

Logo depois Rafael e Vitor se enroscaram de um jeito estranho. Foram pro muro muito ràpido, panca forte. Rafa saiu do carro zonzo, mas andou até a ambulância. Pior pro Vitor que foi para o Hospital. Microfraturas nas vértebras L1 e L2 vão imedir Vitor de seguir com a equipe Foyt para a corrida de domingo que vem em Milwaukee. Pelo menos esta bem e vai se recuperar sem necessidade de cirurgia.

E ficou o Hélio na pista. Estava na frente, liderou a corrida na parte certa, a final e faturou mais uma vez as 500 Milhas. Prova que vale um campeonato!

Parabéns Hélio!

Ainda me lembro que fiquei em Miami no começo do mês de março deste ano e acompanhei o início do julgamento dele na corte federal da cidade. Me lembro da tensão que ele viveu, do medo que passou.

Dia 17 de abril lembro de falar com ele ao telefone, entrevista para a Radio Bandeirantes que o site Tazio divulgou. Que festa!

Este 24 de maio também vai ficar na história. Terceira vitória nas 500 Milhas é coisa pra poucos, coisa para, até hoje, cinco outros. O último tri foi Bobby Unser, em 1981.

A história do Hélio, de seu indiciamento em outubro de 2008 até esta vitória, passando pela absolvição em 17 de abril de 2009, é digna das palavras finais do Luciano do Valle no final da transmissão da corrida no Bandsports "pra quem não acredita que o bem pode vencer, ai está a imagem da familia comemorando, de Hélio vencendo. Uma história e uma imagem do bem". Boas e bem colocadas palavras. Obrigado ao mestre Luciano do Valle.

BOM DIA

Dia de corrida, gente!

Aqui em Indianápolis o trafego é tão intenso nas imediações do autódromo que se deixar pra vir pra pista depois que os portões são abertos ao público as seis da manhã, a gente nem chega. Portanto, cinco e meia da matina já estamos aqui.

Bom dia!

A equipe Penske já venceu catorze vezes em Indianápolis. Todos os anos eles voltam aqui pra buscar mais uma vitória. E não poupam recursos pra fazer o melhor. Muitas vezes o melhor não é suficiente pra vencer. Principalmente numa prova tão longa e difícil, com tantos adversários no mesmo nível e ainda com o clima imprevisível do estado de Indiana.

Mas no que é possível trabalhar os técnicos da equipe trabalham. Prioridade é garantir uma boa posição nos pits e isso começa no Pole Day. Quem sair em primeiro na corrida tem a melhor posição nos pits, a primeira, na cara da saída para a pista. E Hélio fez o trabalho conquistando a pole com Ryan Briscoe logo atrás.

Na competiçãode pit stop mais uma chance de mostrar que os mecanicos estão prontos enfrentar o desafio de até nove paradas para reabastecimento e troca de pneus durante as 200 voltas da corrida. Pela quarta vez em cinco anos, lá estão os mecanicos do carro número tres como os mais rápidos, 7.9s na final contra os mecanicos de Marco Andretti.

Detalhes. Como a camera que a equipe mantem logo acima do local onde param os carros durante o reabastecimento. Ela grava todo o trabalho da equipe que depois analiza erros e acertos de todos.

E entre esses detalhes tem até espaço pra um medidor de pressão feito no Brasil. Esse dispositivo fica logo na saída da mangueira de abastecimento e mostra como está a pressão do combustível lá dentro.

Essa é uma informação importante pois, ao contrário da F-1 onde o reabastecimento é feito usando uma bomba pra colocar o combustível sob pressão, na F-Indy o reabastecimento é feito com a pressão natural, da gravidade. O tanque fica numa posição mais alta e é só a pressão atmosférica que "empurra" o combustível para o tanque do carro. Saber a pressão naquela hora ajuda a prever como será o próximo pit, quanto tempo ele pode demorar. Como o reabastecimento é feito só com a pressão atmosférica, a quantidade de combustível dentro do tanque da equipe é fundamental para calcular a velocidade do reabastecimento.

Enfim, detalhes para colocar mais emoção na prova deste domingo. Afinal nada disso é arma secreta ou é capaz de decidir, sózinho, o destino da corrida. Se fosse o treféu iria direto para um dos carros da Penske. E veja que mesmo assim teríamos uma bela disputa.

Neste domingo, 24 de maio, na Band a partir das 13h45min.

Carburation Day

Nas 500 Milhas a tradição passa pelo dia das crianças com os brinquedos para crianças de todas as idades. Hoje o dia é de loucura. Grupos de amigos e vizinhos invadem o IMS movidos pela paixão pelas corridas para acompanhar os treinos no último momento em que os carros vão pra pista. Não adianta querer fazer muita mudança pois o treino de uma hora vale só pra saber se o carro tem algum problema na montagem.

Logo depois a corrida da Indy Lights onde a Mario Romancini chegou em terceiro lugar e a Bia Figueiredo, que largou em quarto lugar, bateu forte e sofreu algumas escoriações leves.

A tarde é a competição de pit stops que agita a moçada. Depois tem show da banda Three Doors Down.

Mas o dia começou com fotos. Fotos e videos promocionais dos pilotos ao lado do troféu Borg Warner. Este detalhe eu peguei logo pela manhã, quando Helio Castroneves apareceu na pista pra receber um premio de dez mil dólares que a Firestone deu ao piloto. Ele foi votado pelos fãs como dono do " Charge Of The Race" em Kansas, quando saiu do vigésimo quarto para o segundo lugar na corrida.

Helio também contou que na corrida das 500 Milhas ele não estréia nada novo no seu equipamento " é como numa maratona, onde o atleta nunca deve estrear nada pra não prejudicar. Só uso equipamento com o qual já estou acostumado". Foi ele dizer isso para Danica Patrick encostar pra levar um papo com o Pole da corrida de domingo.

Bons Tempos

Tem gente que diz ter saudades dos bons tempos. A placa na frente do carro não deixa enganos, 1957 e o bólido é o tal Kurtis Kraft. Um torpedo que se classificou para a prova em vigésimo terceiro lugar e terminou a corrida em vigésimo sexto. Se naquela corrida o recorde não foi lá essas coisas, o recorde de estar assim impecável depois desses anos, é notável.

Mas pra deixar claro que o piloto Bill Cheesbourg não teve vida fácil durante as oitenta e uma voltas que correu, antes que um vazamento de combustível o tirasse da prova, repare que o lado direito do carro é mais baixo. Justamente o lado para o qual o piloto é empurrado durante as curvas . Repare que ele também é o lado mais próximo do muro. E a lateral do carro é tão baixa que o piloto quase encosta o cotovelo no pneu traseiro direito. Pra evitar isso ele tem um apoio, tipo bagageiro de moto, que está instalado entre a lateral e o pneu. Engenhoso! Dá pra imaginar o que eram aqueles " bons tempos" em termos de segurança.

Dia de Brincar

Poderia ser chamado dia das crianças, mas é o Community Day. Dia dos brinquedos e das crianças de todas as idades. Pra nós que gostamos de carros de todos os tempos, o defile começa no estacionamento interno onde carros como esse Ford T abaixo. Ele recebeu motorzão V8 com mais de 200 CV só pra fazer o dono orgulhoso e mostrar o quanto se pode transformar um brinquedo.

As crianças tem carros de vários tipos de carros pra ver e curtir. No pedal apostam corrida e depois brigam pra saber quem vai curtir a miniatura de calhambeque antes.

Tudo pra fazer a comunidade de Indianápolis feliz com o evento e garantir os fãs do futuro. O community Day é realizado desde a década de trinta e acho que isso responde pelo sucesso da e longevidade da prova . Afinal as crianças criam uma memória feliz de passeio e, quando adultos, sonham voltar aqui pra ter um pouco do gostinho daqueles bons tempos em que os pais pagavam as contas e a única responsabilidade era ir bem na escola....

O gesto da Milka

Por erro da equipe ou falta de velocidade própria, Alex Tagliani teve de recorrer a vaga que seria de Bruno Junqueira na corrida do próximo domingo.

Mas ela está no grig, Milka Duno. No treino do sábado ela foi bem, bem lenta. Errou numa das tentativas por causa dos fortes ventos de rajada que atravessavam a pista e complicaram a vida de gente como Buddy Lazier.

Mas no domingo, tempo quente, vento calmo ela foi pra pista e classificou o carro 23 da Dreyer and Reinbold. A dica estava dada, ou seja se ela classificou, hora de ir pra pista, Mas Tagliani resolveu esperar.

Nesta foto ela fala com o engenheiro do time, já pensando no acerto para a corrida de domingo. O único treino que os pilotos farão pra checar o equipamento será nesta sexta feira. Uma hora de treino pela manhã, o chamado Carburation Day

Carro 36 fica mas Bruno Junqueira, não.

Alex Tagliani vai correr em Indinápolis apesar de não ter se classificado. O trabalho foi feito por Bruno Junqueira que, como escrevi ontem, ficou até preocupado com a equipe por ela não ter classificado o carro 34 com o piloto que está na temporada toda, o Tagliani.

Ontem mesmo o dono do time, Eric Bachelart, deu entrevista falando do trabalho do Bruno e de sua experiencia, mas depois, conversou com patrocinadores e deve ter recebido pressão do próprio canadense pra estar na corrida.

Assim, o carro 36 recebe as cores dos patrocinadores do carro 34 e vai pra pista largando da última fila no lugar conquistado por Bruno.

Indianápolis é assim, quem classifica é o carro e não o piloto. Sorry Bruno! Na foto, o dono da equipe lamenta a não classificação de Tagliani mas não admite troca de pilotos. Mais tarde mudou de idéia.

Bump Day

Inesquecível o dia aqui em Indianápolis. O Bruno Junqueira deve ter batido o recorde de menor número de voltas de preparação num carro antes de conseguir a classificação. Algo que tem ainda mais brilho porque tres pilotos disputavam as últimas vagas. Bruno deu oito voltas e classificou no carro com mais de 221 milhas por hora nas quatro voltas.

Buddy Lazier e Alex Tagliani vão fazer companhia a Stanton Barret nas arquibancadas no dia da corrida.

Tagliani teve o mes todo pra se preparar para a prova no carro principal da equipe Conquest que preparou um carro de última para Bruno.

Poderia estar feliz mas Bruno ficou preocupado com um carro a menos para a equipe nessa corrida. Ele está certo, em tempos de crise perder o equivalente a trezentos mil dólares é ruim pra qualquer equipe. E um time como a Conquest poderia ser um lugar para o próprio Bruno corre no restante da temporada.

De qualquer forma, Parabéns Bruno!

Tijolinho a vista

No chão e pra fazer a pista assim tão charmosa a faixa de tijolos na pista de Indianápolis deu show ontem. Os tijolos começaram a sair e o treino livre teve de ser encerrado com meia hora de antecedência.

Na manhã deste sábado tudo certinho, tijolos no lugar mas com jeito de remendo. Mas o que importa é que o clima está melhorando e teremos carros na pista logo mais.

Voces já devem ter lido que o Bruno Junqueira estará na pista tentanto classificar o carro 36 da equipe Conquest. O cara é um dos mais rápidos deste lado do Atlântico mas estava vagando pelas garagens aqui sem carro pra acelerar. Um verdadeiro desperdício. Ele agora encara o desafio de classificar o carro da Conquest sem um treino sequer. É baixar a viseira, acelera e ver no que dá.

BOA SORTE, BRUNO!

Caranga 2

Esta eu vi no estacionamento interno da pista. Testarossa bem conservada. O reflexo na poça é uma tentativa de expressão artística....

Pelo jeito o dono é um senhor respeitável...repare nos pneus novinhos. Não deve ser adepto dos "burn outs" que os donos de algumas carangas mais fortes por aqui fazem nos estacionamentos mais distantes do centro da cidade...e da polícia

Que Caranga!!!!

A GM deve anunciar ainda hoje que vai fechar mais de duas mil e seiscentas revendas nos EUA. A notícia chega depois que na semana passada a Chrysler anunciou o fechamento de oitocentas lojas.

Mesmo assim o mercado americano de automóveis ainda tem pérolas como essa, na foto ao lado: o Camaro 2010 que será usado como Pace Car aqui em Indianápolis.

Maquinão V8 que dá até agua na boca quando se ouve o motor. Ele substitui o Corvette que desde que comecei a vir pra cá, teve a honra de comandar os trinta e tres candidatos a entrar para a história da prova. Dia 24 de maio será a vez deste Camaro.

O mais rápido

Mario Moraes terminou o treino livre desta quinta feira aqui em Indianápolis como o mais rápido. Volta de mais de 361 quilometros por hora, registrada nos primeiros minutos de treino.

Mas na verdade o que os pilotos querem nesses treinos livres nem é a maior velocidade mas aprender a fazer um carro rápido para o dia da corrida. Assim vale ir pra pista pra sentir e saber o porque o carro se comporta de uma ou outra maneira.

É o tal livro de receitas que as equipes montam pra saber o que fazer durante as tres horas e meia de corrida no dia 24 de maio. Na foto a Chip Ganassi trabalhando no carro de Scott Dixon.

Andretti Green é tudo Tony!

A partir de amanhã aqui em Indianápolis Tony Kanaan tem uma dura missão. Melhorar o acerto de seu carro para a corrida que ele tanto quer vencer.

E vamos combinar que o trabalho não está nada fácil. Numa equipe de quatro carros, o campeão da Indy em 2004 está na verdade trabalhando sozinho. Os garotos Marco Andretti e Hideki Mutoh ainda não tem a maturidade necessária para decifrar o volume de variáveis que se tem nas mãos num treino longo como esse para as 500 Milhas, nem fazer com que esses dados sejam uteis pra mais que seus próprios umbigos. Eles vão aprender, claro, mas ainda não chegaram lá.

Já Danica Patrick apesar de ter mais experiencia que os dois garotos, ainda não tem o necessário conhecimento técnico. E fica o Tony sozinho....

Para os treinos classificatórios tanto Marco quanto Danica apareciam nos treinos como candidatos a boas colocações no grid. Acabaram atrás de Tony que se classificou em sexto lugar num carro montado às pressas.

Nos treinos que devem recomeçar nesta sexta feira, Tony tem a missão de acertar o carro para a corrida. Mas acho que é mais certo dizer que ele tem a missão de acertar todos os carros da equipe.

Boa Sorte, Tony!

Voto em Brasília.

Como voces ja devem ter visto e lido a F-Indy deve mesmo aportar no Brasil em 2010.
As conversas e trabalhos pra sediar uma prova da categoria já estão adiantadas e pelo interesse mútuo, Indy e seu patrocinador brasileiro a APEX BRASIL, uma agencia de fomento de exportação, deveremos mesmo ter a corrida no mes de março, começando a temporada. Do mesmo jeito que nos anos 70 e 80 abríamos a temporada da F-1.
Conversei com os diretores da Indy e me disseram que há tempos eles querem começar a temporada ainda no início de março mas o calendário de eventos esportivos nos Estados Unidos nesse mes é bem concorrido. Principalmente com os esportes Universitários, sucesso de público e mídia de um tanto que no Brasil a gente nem imagina. E ainda há o problema de no mes de março termos o fim do inverno confinando as possibilidades de pista apenas nos estados do sul dos EUA. Com isso, começar a temporada no Brasil, como me disse esse dirigente, faz todo o sentido.
Das cidades que podem sediar a prova acho que a ideal seria Ribeirão Preto. Pelo público, pelo ambiente da região a prova lá seria enorme sucesso.
Mas temos de considerar fatores como popularidade internacional. A Indy estaria indo para o interior de um país em desenvolvimento e chamar a atenção da mídia mundial correndo lá seria mais difícil. Nesse caso o Rio de Janeiro seria a melhor opção. Com a beleza da cidade já consolidada mundo afora, a Indy no Rio seria sucesso garantido.
O problema do Rio é que iria faltar público. E como a pista seria contruída usando as avenidas do aterro do flamengo, o traçado não seria dos melhores.
Por isso acredito que uma terceira opção é a que vai vingar, Brasília. Sede do governo federal, Brasília tem um belo autódromo que seria reformado e ficaria em perfeitas condições para outras categorias. Com o autódromo reformado e ainda com a possível repetição da Indy alí por pelo menos tres anos, a Indy traria um grande benefício para o automobilismo brasileiro. Sem falar que não faltaria público também.
Se fosse pra votar, votaria em Brasília para a Indy 2010.

A casa de carne

Sim, há um lugar aqui em Indianápolis os pecados da gula passam pela carne. E com requintes de tradição e, até, de bom gosto automobilístico.

O St. Elmo é uma das steakhuses mais famosas e tradicionais dos EUA. Seus salões foram abertos ao público em 1902, portanto, quando se falou aqui na cidade em se construir uma pista de uma milha e meia pra testar carros da nova indústria automotiva que fazia sucesso e dinheiro no meio oeste, fatalmente as reuniões aconteceram também no St. Elmo. A pista foi inaugurada em 1909.

Um dos salões do St. Elmo tem o nome de Tony Hullman, patriarca da família dona da pista. Neste salão os clientes são recebidos com requinte e podem apreciar relíquias com a história da prova que fez a cidade famosa. Fotos de pilotos, réplicas de troféus e autenticas revistas programa dos anos 30, 40 e 50 estão por alí.

E como não poderia faltar a carne no St. Elmo é de primeira. Pena que quando eu ia tirar uma foto pra postar aqui.....o steak já era.....

Estadios

Dia de descanso aqui em Indianápolis dia pra conhecer um pouco da cidade. Gosto daqui, já disse. Um milhão de habitantes, sem problemas de tráfego, dá pra andar de moto com toda tranquilidade e pra quem gosta de esportes este é o lugar. Tem estádio de todo tipo e tamanho.

Dá só uma olhada no estádio do time de futebol americano do Colts. Eles venceram o Super Bowl de 2006, que foi disputado em fevereiro de 2007. E ganharam essa jóia pra receber seus fãs. Como todo estádio moderno ele pode receber qualquer tipo de evento. Todos os anos, no mes de fevereiro tem supercross garantido aqui dentro. Já era assijm no antigo RCA Done que foi demolido no ano passado. Estava ultrapassado, me disseram. E no resto do ano o chamado Lucas Oil Stadium ainda recebe shows musicais e até feira de negócios. Aqui cabem sessenta e sete mil pessoas. Todos os assentos são confortáveis e numerados. Teto retrátil e sistema de ar condicionado completam a preciosidade.

Foram quatro anos pra se contruir. Fico aqui pensando na nossa Copa do Mundo em 2014 e nos nossos estádios.....

Aniversário

Os mecanicos da Penske foram muito gentis e compraram o bolo. Os amigos apareceram e Helio Castroneves teve mais uma festa de aniverário nos boxes da equipe aqui mesmo em Indianápolis. Tem sido assim desde 2001. Desta vez longe da família Helinho comemora desde ontem quando faturou a Pole no sábado. Helio completou 34 anos neste domingo 10 de maio. Parabéns!

Trabalho de equipe

Conquistar uma pole position aqui em Indinápolis não é apenas difícil, mas estressante. O treino dura seis horas. Durante esse tempo o clima muda, o vento aumenta, as nuvens permitem aumento de temperatura em alguns trechos da pista, a longa faixa de 4 quilometros de extensão.

Não adianta, portanto, ter um carro bem acertado se o piloto sair pra pista na hora errada. E ainda tem o procedimento de colocar o carro na fila pra fazer a tentativa de classificação. Sim, uma fila. E com inspeção específica, portanto a equipe tem de decidir que vai pra pista e ainda contar com o tempo da "burocracia" até ter a permissão de começar a classificar.

Quanto Helio Castroneves e a equipe Penske decidiram que era hora de tentar a pole, eles sabiam que teriam ainda mais uma hora e meia de pista livre pra que outros pilotos ainda tentassem melhorar o tempo dele. Contaram que os ventos atrapalhariam alguns e que a luta entre aqueles que queriam simplesmente um lugar entre os onze primeiros, iria complicar a vida de quem queria a Pole. Deu certo. Helio acelerou a mais de 225 mph na primeira volta válida e depois travou os dentes pra ficar perto disso nas outros tres. ..E ainda teve de esperar uma hora e mais pra comemorar sua terceira Pole position em Indianápolis.

Além dos mecanicos, do chefe de equipe e estrategista Tim Cindric, os metereologistas da equipe estão de Parabéns. Afinal diante da ventania de rajada, do entra e sai de nuvens e da temperatura que variou até cinco graus ao longo da tarde a hora certa de acelerar e o acerto perfeito para aquela hora, não é mesmo trabalho de um só. Sorte do Helio de ter um time como esse do lado.

Drama para Tony Kanaan

Os companheiros de equipe de Tony kanaan foram mais rápidos que ele o tempo todo. Mesmo copiando acerto o carro era, pelo menos, duas milhas mais lento. Pra resolver o problema a equipe Andretti Green resolveu radicalizar e trouxe outro chassi pra pista ontem a noite. Pelo menos 20 mecanicos trabalharam acelerados ontem a té meia noite e hoje desde as sete da matina.

O carro, claro está com cara de "Frankstein" pois tem peças dos outros carros e as várias cores não vão dar ao patrocinador principal a devida exposição. Mas o que eles querem é andar rápido e deixar de lado o problemático carro que deixou Tony longe dos mais rápidos. Pelo menos até agora. Essa fotos fiz logo que o carro veio pra pista no treino desta manhã. Dá pra perceber o colorido desajeitado e a ansiedade dos mecanicos.

POle Day e ventania

Pole Day em Indianápolis define os onze primeiros do grid de trinta e tres carros para a corrida do dia 24 de maio.

Amanhã, dia das mães outros onze pilotos se garantem e somente no próximo final de semana teremos mais treinos classificatórios pra completar o grid.

Uma das maiores dificuldades hoje é o vento. Mais de quarenta por hora variando a direção em que varre a pista e assusta os pilotos. Afinal eles estarão sozinhos na pista para quatro voltas lançadas pra saber quem é o mais rápido. O vento atrapalha todos, portanto o negócio é acelerar.

Detalhes

A Indy tem as mesmas regras para contrução e operação dos chassis há pelo menos cinco anos. Nesse tempo um fornecedor prevaleceu e os outros sairam da briga. A italiana Dallara hoje é a única fornecedora dos carros da categoria o que ajuda muito na contenção dos gastos.

Na hora de preparar os carros essa crise financeira e o forncedor único ajudam a restringir ainda mais o trabalho das equipes. Se por um lado o brilho inventivo fica mais restrito, por outro é a garantia de grids bem competitivos.

Na Indy o que resta pra trabalhar são detalhes aerodinamicos dos carros, junto com materiais e perfis dos braços de suspensão. Até a distancia entre eixos deixou de ser livre, sendo travada a qui em Indianápolis em 122 polegadas pra todo mundo.

Reparem nessas pontas de asas. A Dallara fabrica e fornece apenas um tipo e as equipes investem em tunel de vento pra desenvolver suas soluções. Fiz estas fotos pra ilustrar. Reparem na foto da direita a asa preta original e a da esquerda a criação da equipe Chip Ganassi sendo instalada no carro do campeão Scott Dixon. A diferença na pista pode ser mínima, mas como as velocidades são altas e as corridas longas.....é a tal economia de escala, ganha-se na quantidade. Dixon foi o quarto mais rápido ontem aqui em Indianápolis e no ano passado venceu as 500 Milhas largando na pole position. Detalhes.

Cabelos

Danica Patrick concedeu entrevista coletiva e contou que esta confiante para a corrida. Como se tratava de uma entrevista para falar de sua nova campanha publicitária para estimular o consumo de leite, o mediador perguntou sobre a foto do anúncio e comentou que na pista nós não a vemos daquele jeito muito frequentemente. Vaidosa ela não gostou do comentário e justificou dizendo que na pista não há motivo pra ficar tão produzida. "Meu cabelo só não esta igual ao da foto porque vou colocar o capacete logo mais..."

Produzida ou não, Danica continua atraindo novos patrocinadores. Além dessa campanha, acaba de anunciar um novo patrocínio para o restante da temporada que vai adicionar a cor laranja ao carro número sete da equipe Andretti-Green.

Motores em ação!

Indianápolis está em ação.
Desde as nove e meia da manhã os carros estão na pista.
Começamos com os estreantes e perto das onze a pista foi liberada para os "marvados".
A previsão é de que a chuva volte ainda hoje e, por isso, todos estão na pista para acertar os carros pra classificação deste sábado, o Pole Day.

Nadando....

Do verbo nadar. Fazer nada. Esperar. Se quiser cair na água para umas braçadas acho que dá também....

Cancelado o treino que teríamos hoje porque a chuvinha...bem ela é chuvona, não parou nenhum instante.

Amanhã a partir das nove e meia da manhã os dois rookies que ainda não terminaram o programa de treinamento, o frances Nelson Philippe e o americano Stanton Barret, terão uma hora pra andar consistentemente acima das 220 milhas por hora.

Logo depois, a partir das dez e meia da manhã todos poderão começar o que não conseguiram hoje, entrar na pista.

No ano passado tivemos muitos dias de chuva o que atrapalhou os treinos. Mas neste ano os organizadores programaram menos dias e horas de treinos o que pode atrapalhar ainda mais as equipes que estão chegando na categoria. Os mais experientes já tem dados pra começar bem o trabalho e buscar a pole position no sábado. Sorte de quem acelera para a Penske, Chip Ganassi e a Andretti Green.

No ano passado a pole foi de Scott Dixon.

It Must Be May

Logo pela manhã a moça do lugar onde tomamos cafe me reconheceu e disse " Ola, vocës aqui de novo...it must be may- deve ser maio...e como no ano passado devemos ter chuva....", concluiu.

Tudo bem, depois de tanto tempo visitando a cidade, ou morando na cidade neste mes a equipe da BAND já esta mesmo bem conhecida. O problema era essa coisa de chuva. Pxa vida, no ano passado foram tantos dias molhados que os pilotos e equipes quase não acertaram seus carros devidamente. Saí do local deixando claro que torcia muito pra que a chuva ficasse longe da pista nesse primeiro dia de atividade para todos os inscritos.

Minha torcida não valeu de nada. Ta chovendo. E bastante. Agora é esperar...

Longa Viagem

Aqui estamos em Indianapolis. Gentil e bela cidade que nos acolhe todos os anos com jeito de interiorzao...vai sem o acento pois esse computador ta me dando baile....

O pessoal daqui adora o Brasil. Acho que eh porque tem uma cidade aqui perto que se chama Brazil...ou porque na pista da cidade, aquela onde cabem 25o mil pessoas confortavelmente sentadas, com quatro quilometros de extensao e em cujo centro temos ateh campo de golfe, admiram o talento dos pilotos da nossa terra...

Bom, enquanto a gente ainda estã(...acabei de descobrir onde fica o acento, mas foi na palavra errada...) fora da pista, deem uma olhada nessa caranga.....o nome eh Dodge Polara, mas não tem nada a ver com o carro que a gente viu ser produzido no Brasi( com s), nos anos setenta ate inicio dos oitenta...Motorzão de cinco litros, cara do nosso Dodge Dart, o dono largou aberto na porta do hotel e foi jantar...eh, aqui eh mesmo uma pacata cidade do interior..nos amamos Indianapolis.

Onde tem Graça

Valentino Rossi é daqueles que buscam motivação em tudo. E ele saiu do Japão, sede da segunda corrida do ano, dizendo que precisava começar a vencer. Muito ruim para os espanhois que o cercam no MotoGP. Afinal a terceira prova do ano era mesmo na Espanha. E não tem lugar melhor no mundo pra ganhar uma prova de moto.

Primeiro por causa do público. Eles curtem e gostam e, mais, entendem do assunto a ponto de ficar divididos entre os ídolos locai e ainda o próprio gênio Valentino.Depois porque o companheiro de equipe de Valentino é espanhol, está motivado pra andar forte este ano e ainda por cima saiu na pole position da corrida. E ainda tem outro espanhol, Dani Pedrosa que além de correr em casa odeia perder em frente de sua torcida. Pronto, cenário ideal pra motivação de Rossi!

E assim foi, onde tem graça vencer, onde dá um prazer especial ganhar e onde os adversários se dedicam ao máximo pra deixar o trabalho mais difícil. Alí sim, Rossi fatura sua primeira do ano. Parece o Ronaldo Fenômeno jogando na na Vila Belmiro diante do péquente do Santos Pelé, o melhor do mundo...

Líder do campeonato com 65 pontos, onze a mais que Stoner, ele abre caminho pra mais um título.

Dúvida?