domingo, junho 28, 2009

Cem vitórias




Nem preciso falar aqui da minha admiração pelo piloto Valentino Rossi. Seu carisma ultrapassa em muito os imites do esporte a motor a ponto de motivar uma montadora como a Fiat a patrocinar as motos da Yamaha, e de Rossi, no mundial de MotoGP.
Em 2007, quando lançou o Cinquecento a Fiat, usou a moto e o colorido da personalidade de Valentino para ganhar mais público para seu simpático carrinho.
E quando esteve em Indianápolis no ano passado, Rossi mostrou aos brasileiros que trabalham na churrascaria Fogo de Chão da cidade, o quanto ele admira o jeito gaúcho de comer carne. Esteve lá com sua equipe pra comemorar a vitória e deixou o poster autografado que fotografei e que publico aqui.
Valentino aprendeu com Alex Barros as delícias das churrascarias quando correu aqui no Brasil nas provas sediadas no Rio de Janeiro.
Todos gostamos do Valentino e torcemos pra que ele logo supere o recorde de outra simpatia italiana e motociclística, Giacomo Agostini, dono de 122 vitórias.
No próximo domingo em Laguna Seca pode vir a vitória 101.
Eu torço por ele.

Sem ultrapassagens.


Scott Dixon venceu em Richmond uma corrida que fugiu completamente das características de uma corrida em oval. Poucas ultrapassagens!
Nunca havia acompanhado uma prova tão estranha, parecia F-1 em Jerez, carros rápidos mas em desfile aguardando a hora do pit stop para aluma ação.
Ao menos quatro batidas provocaram bandeiras amarelas que trouxeram algum trabalho para os estrategistas das equipes, recalculando paradas e combinações de acerto para os carros.
Nota dez para a Andretti Green e Tony Kanaan que saiu do décimo sétimo para o sexto lugar no final como brasileiro fazendo mais incríveis 135 voltas com um mesmo set de pneus. A habilidade do brasileiro e a decisão da equipe foram fundamentais pra se ganhar posições pois na pista estava dificil
A configuração aerodinamica dos carros está encontranto no composto mais duros dos pneus fornecidos pela Firestone uma combinação nefasta que impede que os carros façam as corridas NORMAIS da Indy com carros lado a lado disputando posições.
Brian Barnhart que comanda a parte técnica da Indy está atento a questão e deve apresentar novidades para as próximas corridas em ovais.
Semana que vem tem Watkins Glen, circuito misto que abre a série de três corridas nesse tipo de pista. Scott Dixon que venceu em Richmond e está a um ponto da liderança é o favorito lá.

quinta-feira, junho 25, 2009

A catedral e o pequeno oval



Assen na Holanda é um dos lugares mais celébres para o esporte a motor mundial. Motocicletas de todos os tipos, ao longo do tempo, aceleraram pelas curvas descritas pelos pilotos e fãs do mundo todo como a Catedral do motociclismo. Assen na Holanda tem ainda no nome o TT (Tourist Trophy) nos lembrando a tradição que a prova carrega estando presente no calendário do motociclismo desde que a FIM fez seu primeiro campeonato mundial em 1949.




Vencer em Assen significava provar valor acima do vulgar. E a lista de vencedores em Assen tem Mike Hailwood, Giacomo Agostini, Barry Sheene, Johnny Cecotto, Mike Doohan, Valentino Rossi e Alex Barros. O brasileiro chegou pela primeira vez num pódio da então categoria 500cc em Assen no ano de 1992 correndo pela Cagiva, um feito! Barros também mostrou sua predileção pela pista vencendo lá em 2000.




Assen mudou, perdeu ao longo do tempo e em nome da segurança dos pilotos, a dose de desafio que fazia dela uma pista mais que difícil, perigosa. Eram mais de vinte e oito quilometros em 1925, e quase oito quilometros na sua fase aurea, de 1955 até 2006 quando passou aos atuais quatro quilometros e meio. Perdeu algum charme, sim, mas permance como a Catedral! Não é apenas uma prova a mais no calendário, lembre-se é Assen!


Em Richmond nos Estados Unidos a história da Indy nos leva para o menor oval do ano. Mil e duzentos metros e duas horas de curvas. Nem pense em dizer que esta é uma pista fácil porque além de grande aderência gerada pela configuração aerodinâmica dos carros e, a inclinação das curvas exige muito do preparo físico dos pilotos. No tráfego os pilotos reduzem até duas marchas. Ao longo da prova os desgastes naturais do equipamento tornam o acerto do carro uma questâo de cálculos precisos na previsão do seu comportamento. Richmond não é uma catedral, mas a corrida noturna faz desse ovalzinho, um lugar bem charmoso.


segunda-feira, junho 15, 2009

Danica na Nascar


Beleza de sobra, personalidade elétrica e ainda consegue ser uma profissional eficiente. Danica Patrick estaria na alça de mira dos organizadores da NASCAR nesse momento difícil para o mercado e para a categoria americana. Danica seria uma injeção de ânimo, ou melhor de grana, uma possibilidade a mais de atrair investidores, hoje mais seletivos quanto a possibilidade de retorno de seus investimentos. A Nascar tem perdido audiência nas TVs americanas mas ainda está na frente de outras modalidades esportivas como a NBA. Com Danica as chances são de melhorar essa audiência, segundo os próprios organizadores.


Que faz sentido, portanto, faz. Mas minha dúvida é quanto a vontade da Danica de passar pelo aprendizado difícil e moroso que a Nascar exige. Não sei se ela estaria, na condição de estrela disputada e capaz hoje de atrair mais dinheiro para a categoria, disposta a correr nas provas da ARCA, ou ainda tentar a sorte nas picapes e fazer as milhas e milhas em treinos particulares necessários pra aprender a andar em carros bem mais pesados que os Indycars e sem a mesma eficiência aerodinâmica que a segura nos ovais que ela agora começa a compreender. Está bem no campeonato da Indy em quinto com 167 pontos.


Nem vou aqui falar do calvário de Sam Hornish Jr. tricampeão da Indy que passou um ano se classificando pra poucas corridas da Nascar, pois além de ser piloto da Penske, Hornish ainda encontrou a Nascar com grande número de inscritos por prova, coisa que a Danica nem enfrentaria dado que a atual crise deixou muita gente de fora da categoria. Somento um piloto este ano ficou de fora depois de treinos classificatórios.
Nem preciso falar de Dario Franchitti que voltou a Indy este ano ou que Juan Montoya fez quietinho o mesmo caminho que antes Tony Stewart percorreu pra aprender a dirigir os stocks americanos naqueles ovais.

E ainda me pergunto se mesmo patrocinadores interessados na bela imagem de Danica estariam dispostos a vê-la andando no fim da e por quaqnto tempo. E me pergunto também se a própria Danica, com seu gênio explosivo e competitivo, aceitaria quietinha, mas de bolso cheio, a rabeira do grid e as gracinhas dos marmanjos da Nascar, menos afeitos ao estrelismo dos recém chegados.
Os assessores de Danica desfilam na Nascar e fazem os contatos necessários. Antes de Migrar ela sabe que precisa convencer como piloto. E neste doningo ela terã mais uma chance no oval de Iowa.

domingo, junho 14, 2009

Sem limites para a emoção


Os limites do automobilismo nos impedem o show que as motos esbanjam: ultrapassagens!
Na corrida de Barcelona do MotoGP os companheiros de equipe yamaha Jorge Lorenzo e Valentino Rossi mostraram que numa motocicleta os pilotos podem mais. Superam limites de seus equipamentos para realizar ultrapassagens e manter ritmo de corrida que transformam engenheiros com seus cálculos em incrédulos espectadores nos boxes.
Lorenzo passa Rossi que passa Lorenzo. Volta após volta.
Um pouco mais atrás Casey Sotner e Adrea Dovizioso tem seus lances de duelo agressivo demonstrando também grande controle sobre suas máquinas. Stoner fica em terceiro a cinco centésimos de Dovizioso. Rossi venceu Lorezndo passando-o na última curva. Show!
E o campeonato tem Stoner, Rossi e Lorenzo empatados em primeiro lugar com 106 pontos.
Acho que você deve ver a próxima corrida.

segunda-feira, junho 08, 2009

Bate boca entre Danica Patrick e Marco Andretti



Mesmo chegando na oitava colocação na corrida do Texas, Tony Kanaan elogiou a capacidade de recuperação que a equipe mostrou. Seus mecânicos o colocaram na mesma volta do vencedor, Helio Castroneves, numa estratégia que se valeu da velocidade do trabalho nos pits.

O problema é que a imagem da equipe acabou arranhada quando ao sair de seus carros, Danica Patrick e Marco Andretti entraram em discussão sobre a disputa que tiveram na pista.

Marco acabou a prova num belo quarto lugar, passando Dario Franchitti na última volta, mas teve vida bem difícil enquanto lutava pra passar Danica. A garota realmente forçou a barra durante a disputa fazendo coisas que normalmente não se faz na pista nem com pilotos de outros times. Tirou o ar da frente do carro de Marco de propósito e o colocou em rota de colisão com o muro pelo menos duas vezes. Que eu tenha visto.

Todo piloto que anda num oval como o o do Texas sabe o que e como se faz pra tirar o ar da frente do carro que vem atrás e o quanto isso é perigoso. Danica só queria ao menos o quinto lugar na prova pra se manter em quarto lugar na tabela de pontos. Terminou em sexto e mais uma vez se colocou numa situação de isolamento na equipe Andretti/Green. O clima é ruim.

Tony Kanaan, experiente, viu tudo de camarote pois estava logo atrás dos dois durante aquelas ultimas voltas, brigando com um carro bem mais lento, e creditou o sangue quente dos dois à juventude de ambos. Mas aproveitou pra alertar que num oval é preciso ter paciência e algumas manobras que eles fizeram parecia valer a liderança, mas na verdade era apenas pelo sexto lugar.

Pela velocidade e proximidade dos carro no oval do Texas disputas mais acirradas são de arrepiar e podem muito bem reviver cenas horriveis como a do acidente que acabou com a carreira do sueco Kenny Brack em 2003.

Tony Kanaan contou que um almoço conjunto poderia colocar as coisas em pratos limpos...A Andretti/Green precisa melhorar urgente a performance de seus carros. Está se tornando coadjuvante numa disputa de campeonato entre a Chip Ganassi e a Penske. Brigas como essa não ajudam nada. Danica pode ser a queridinha dos patrocinadores e Marco o herdeiro do clã Andretti, mas estão agindo como crianças em busca de privilégios que na pista ainda não justificaram receber.

sexta-feira, junho 05, 2009

Força G na F-1 e na Indy - Texas Speedway


Neste fim de semana o desafio para os pilotos da F-1 é passar pela curva oito do autódromo da Turquia. Entrar em quarta marcha a 24o e sair em sexta a mais de 300 km/h é coisa para poucos e bem preparados pescoços. Acho que o Luis Fernando Ramos, jornalista que cobre a F-1 e tem um blog no site tazio.com.br, vai até contar de eventuais aparatos especiais de apoio para o pescoço dos pilotos durante a corrida. A curva oito é para a esquerda e pela força G aplicada na cabeça do piloto ao longo de toda a corrida, vai realmente necessitar apoio especial, acredito.

Na Indy a corrida é no Texas. Vinte e quatro segundos por volta nessa pista que tem curvas com inclinação de 24 graus. É quase como uma montanha russa que permite que os pilotos façam as voltas com o pé embaixo o tempo todo. São 350 km/h constantes que levam o piloto ao limite de sua capacidade de suportar não apenas a pressão nos músculos do pescoço, mas também a pressão que empurra o piloto para o chão por causa da pois a pressão aerodinâmica nos carros. A oxigenação do cérebro fica no limite.

No ano de 2001 a hoje extinta CART sofreu um dos seus mais sérios golpes ao ser forçada a cancelar a prova no dia, ou melhor, na hora da corrida.
Tudo estava preparado para uma das mais rápidas corridas do calendário. Correr no Texas para a CART era afirmar sua superioridade sobre a IRL naqueles dias, pois eles tinham as melhores equipes e os carros mais rápidos. E uma certa impáfia por isso. A arrogância impediu uma preparação melhor para que os carros chegassem lá do jeito certo. E cometeram o erro de não analisar com precisão as forças G envolvidas.
Andando a mais de 230 milhas por hora numa pista de apenas dois mil e quatrocentos metros de extensão e com a inclinação de 24 graus os pilotos estavam na verdade reproduzindo as condições vividas pelos pilotos de caças de combate aéreo. Sendo que os pilotos de caças dispõe de macacão especial, pressurizado para manter a oxigenação do cérebro.

Depois de algumas voltas nos treinos de 2001, alguns pilotos começaram a ficar tontos, outros tinham black outs, deixando de enxergar por alguns instantes.

Sábado de treinos livres sob muita discussão e um sério acidente com o brasileiro Maurício Gugelmin, mas o treino classificatório chegou a ser disputado. Tudo pronto pra corrida, carros alinhados mas em cima da hora o risco de uma tragédia acabou sendo forte demais para os dirigentes. Arquibancadas lotadas, prova cancelada e os donos do oval do Texas tiveram de entrar na justiça pra receber o que achavam devido.

Um forte golpe de credibilidade na categoria que acabou sucumbindo em 2007.

Entenda melhor o que aconteceu nesse video postado no Youtube e que tem entrevista com o médico da CART, Dr. Steve Olvey que, entre outros feitos notáveis para o esporte a motor, salvou a vida de Alessandro Zanardi quando do acidente no mesmo ano de 2001 na pista de Lauzitz na Alemanha.

http://www.youtube.com/watch?v=rR28fH1J_do

quinta-feira, junho 04, 2009

Briga Boa


Suzuki versus Yamaha versus Honda versus Sundown versus todos os que pensarem em entrar num mercado que poucos apostavam até que a Suzuki trouxe o pequeno Burgman. Scooters se popularizaram na Itália do pós guerra e depois que os chineses e japoneses incrementaram o brinquedo nos anos oitenta e noventa, transportam jovens de todas as idades pelas mais movimentadas cidades européias.


No Brasil desde os anos cinquenta, com arroubos nacionalistas nos anos setenta, importações desastradas nos oitenta, os scooters são hoje um passo sofisticado para o mundo das duas rodas, sem risco do usuário ser confundido com a atitude de "motoqueiro". (Apesar de eu mesmo já ter visto muito usuário de scooter fazendo "M" no trânsito e se comportanto como o mais fedorento dos vândalos. Educação não escolhe veículo...)


Com câmbio automático, motor que varia de 90 até 500 cilindradas ( dos modelos disponíveis no Brasil), os scooters garantem agilidade na cidade com economia de combustível, praticidade, pelo espaço para carga debaixo do banco e uma bela dose de charme que deixa o veúculo simpático a todos os públicos.

A Sundown trouxe os primeiros Future que se fizeram notar, a Yamaha experimentou um ou outro até apostar na Neo e a Suzuki nadou de braçadas com a Burgman 125 que convenceu pela velocidade e pelo financiamento que a J.Toledo fez para os clientes.


Muito bem, todos felizes ampliando o mercado mas agora a Honda vem pra elevar os números de vendas dos scooter trazendo o modelo 110. E vem arrasando com injeção eletrônica, refrigeração líquida e espaço para dois capacetes debaixo do banco. Com a força de suas concessionárias vai vender muito e se tornar líder de mais esse mercado. Ótimo, mais opção pra quem, como eu não dispensa os veículos de duas rodas pra se mover na cidade. Confesso que prefiro a Neo pelas rodas de aro 16, mais seguro na buraqueira da cidade. Apesar de que depois que experimentei o scooter modelo classic da Iros Motos, percebi que bem reguladas as suspensões de um scooter copm rodas de aro 10 polegadas podem surpreender mesmo os espíritos mais off road.


Na foto, o Burgman 400, sonho de consumo que une a agilidade na cidade com a velocidade suficiente pra pegar estradas.


terça-feira, junho 02, 2009

Engrenagens


Na caixa de câmbio de um carro da Indy as engrenagens tem relação bem próxima nas ultimas duas ou três marchas quando vão para pistas como Texas, sede da sexta etapda neste sábado, dia 6 de junho.


No ano passado as relargadas foram dominadas pelos carros da Penske pois a equipe escolheu duas marchas finais ao invés das três que deram aos carros da Chip Ganassi aquele fôlego a mais, depois do carro embalado. Três finais e mais facilidade de comandar o pelotão, além de economizar combustível. Duas finais, mais giros, mais força e, claro, mais chances de pular na frente. Aposta clara em muitas bandeiras amarelas naquela corrida de 2008 que teve 28 inscritos. E foram oito bandeiras amarelas. Uma que durou até a quadriculada. E o pulo final que Helio queria pra vencer a corrida não aconteceu. Dixon ganhou.

Neste sábado teremos vinte e dois incritos e quem sabe isso não faz a Penske mudar de estratégia...será? Bandeiras amarelas por acidentes costumam acontecer perto do fim, também. E no fim elas decidem pois agrupam os ponteiros. O que seria melhor? Mais torque para poder relargar e ultrapassar no final, andando no tráfego ou mais facilidade de liderar e com alguma economia, compensando o fato de se estar abrindo o ar para quem vem atrás?

Numa categoria onde pouco se pode mudar nos carros, as pequenas engrenagens que vão lá na caixa de câmbio, ajudam a decidir a brincadeira. Vai valer conferir no sábado a noite.

Alívio de Pressão


Pai e filho no negócio das corridas e pensando em conjunto abriram mão de ter um piloto como Paul Tracy na equipe.
Perceberam que ter um piloto como Tracy não faz bem para uma equipe em fase de crescimento, pois coloca a pressão por resultado vindo de fora do time e não de dentro da equipe. O nome Foyt é grande mas Tracy é ainda um piloto com muitas expectativas e todos sabemos de sua capacidade. Na corrida de Milwaukee as cameras não saiam de cima do carro 14 que não tinha a menor condição de dar a Tracy qualquer chance de reviver suas vitórias naquela pista.
Todos de olho, viram a incapacidade do time de dar um carro a altura, portanto, das expectativas de uma torcida tão grande quanto a de Tracy e seu passado vitorioso.
Pai e filho sabem que precisam de um piloto capaz de motivar o time para fazê-lo crescer. Sem pressões.
Vitor Meira ainda é o cara ideal, experiente, capaz de motivar, trocar informações e sem qualquer pressão externa.
Mas no Texas a equipe vai para uma solução caseira e bem mais barata.
Se Tracy bota pressão demais, o jovem Foyt só preocupa.

segunda-feira, junho 01, 2009

Escolas caras


Não é nada fácil ser piloto de categoria intermediária. Se o piloto não estiver na F-1 ou F-Indy ele está numa categoria pagando pra correr. Dizem que são categorias de formação, escolas e, como tal, exigem pagamentos dos "alunos".

Correr nas "escolas" da Europa está cada vez mais difícil em termos de custos. Chegar à F-1 é sonho de todo garoto que começa no kart, mas a realidade é que ou o piloto é genial e já caiu nas graças de dois ou três empresários ( Nicolas Todt e Flavio Briatore, por exemplo), ou vem de um dos países considerados interessantes para a promoção da F-1. E mesmo nesse caso tem de ser bom, quer dizer, "marvado" pra conseguir vaga na F-1 pagando um pouco menos. De resto é pagar a conta, baixar a cabeça e seguir sonhando.

Nos EUA a Indy Lights tem a vantagem do custo menor e do talento valer algum desconto. Vejam o exemplo do Mario Romancini. Já tentou a Europa, já andou bem por lá e desistiu desse negócio de PAGAR e ficar quieto esperando a vez da equipe trabalhar pra que se tenha alguma chance.

Mario foi para os EUA e mostrou talento. Foi contratado e parte do budget foi pago pela equipe. Feliz com a equipe e a equipe com ele, o resultado já apareceu. Vencer em Milwaukee não é fácil numa primeira visita, mas como nessa pista o piloto pode fazer diferença a combinação de Mario e sua equipe foi perfeita.
No domingo ele passeou no carro número 5 na terra da Harley Davidson, virou candidato ao título e com certeza não sentiu saudade da Inglaterra.

Em casa


Com a Internet funcionando fica melhor...
Do final de semana quero destacar a vitória do Gilson Scudeller na abertura do Campeonato Brasileiro de Motociclismo. Na mutilada pista do Rio de Janeiro, ao lado de alguns elefantes brancos do Pan, Gilson mostrou a competência de sempre. Largada conservadora ritmo de corrida pra cansar os adversários e lá se foi ele pra frente, pra primeira colocação. Venceu a primeira de 2009 como venceu a última de 2008. A competência de Gilson e sua equipe contrasta com as mudanças nas regras tecnicas da categoria Super Bike do campeonato. No meio da crise a preparação dos motores está liberada. Enquanto o mundo procura formas de cortar os custos de participação nos campeonatos, aqui a gente aponta pra mais gastos. Brilhante!