segunda-feira, julho 06, 2009

Incêndios


Acabo de ler no Tazio.com.br que os equipamentos da equipe Action Power foi integralmente perdido depois de um incêndio da carreta da equipe em sua viagem de São Paulo até a sede da equipe em Curitiba.

Lembro que no ano passado dois incêncios também destruiram os equipamentos da equipe do Marcos Paioli que voltava de uma prova em Tarumã e do piloto de motos Juca Bala durante o rali dos Sertões..

Perdas irreparáveis.

Mas eis que chega na minha caixa de mensagens este release da minha amiga Silvana Grezzana que faz assessoria de impresa da piloto Helena Deyama e da navegadora Joseane Koerich.

A história passa também por um incêndio mas tem um final feliz.

Copio o material escrito pela Silvana que segue:


"....

Experiente em desafios, Helena encarava o seu 10º Rally dos Sertões, ao lado da navegadora Josi, tinha tudo para chegar à frente, e fazer bonito concorrendo ao lado da grande maioria dos competidores do sexo masculino. Porém, um incêndio na sétima etapa pôs um ponto final na disputa da dupla. Após o momento de grande frustração e tristeza, elas contaram com o apoio por onde passavam para seguir em frente, inclusive de adversários, que deixaram a competitividade de lado, e se mostraram solidários ao incidente com a dupla.O primeiro a tomar uma atitude para ajudar Helena, foi o amigo e experiente piloto Reinaldo Varela. "Ele teve a ideia, durante o briefing dos competidores de fazer uma rifa de um jogo de pneus Goodyear, de competição. Na mesma hora todos aderiram à iniciativa, e começaram a comprar os números que foram confeccionados em papel no improviso, a Nani esposa do Varela ajudou, junto com a Josi, e até os pilotos de moto compraram a rifa", contou Helena. Mas este foi apenas o início da reviravolta na história. A rifa foi sorteada na festa de premiação, dia 04, em Natal. No momento do sorteio, Helena foi chamada à frente para que fizesse um depoimento. Muito surpresa, e emocionada, Helena contou que em todos esses anos participando da competição, aprendeu que a prova é uma lição de vida. "Esse ano essa lição foi um pouco mais dura. Ainda não tinha caído a ficha do que ocorreu, e só me serviu para mostrar que nas horas difíceis, é que você vê que tem amigos verdadeiros, e que o rali é uma grande família", afirmou Helena, emocionando a todos.Após o discurso, foi feito o sorteio da rifa dos pneus, e o grande vencedor foi o diretor de prova, Jaime Santos, que agradeceu, porém não pôde aceitar o prêmio, pois não teria como levar para casa, pois mora em Portugal. Sendo assim, decidiu fazer uma doação dos pneus, proporcionando um novo sorteio. Com a sugestão da navegadora Josi, foi decidido que seria feito um leilão.O leilão saiu para o presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), Clayton Pinteiro, concluído em R$ 3.100,00. Este, novamente não quis o prêmio e sugeriu que o mesmo fosse doado a uma instituição de caridade. Certa de que as emoções já haviam terminado Helena, foi novamente pega de surpresa. Desta vez, pelo piloto da equipe Volkswagen, o príncipe do Qatar, Nasser Al-Attiyah, em uma atitude muito digna, após entender o que estava acontecendo, decidiu doar uma quantia em dinheiro para Helena.Como não fala português, Nasser escolheu seu companheiro de equipe, o brasileiro Eduardo Bampi como porta-voz. Segundo Bambi, o piloto estrangeiro ficou muito comovido com a história, e por isso, doou a Helena à quantia de 20 mil dólares. "Nunca passei por tanta emoção em minha vida, ele fez essa doação, e disse que quer nos reencontrar na próxima edição do rali. Houve também, nessa hora uma certeza de quebra de preconceitos, de estigmas de existir uma dupla feminina nas provas de rali", disse Helena, certa de que a 17ª edição do Rally dos Sertões foi a mais tocante de toda a sua história. "Não posso esquecer de dizer que a Josi foi muito mais que uma navegadora, foi uma companheira de verdade, uma guerreira em todas as horas", finalizou Helena, complementando dizendo que a dupla já tem planos de correr novamente, na 18ª edição .


Uma bela história, não?

Um comentário:

Bianchini disse...

Pois é, caro Celso, existem alguns esportes nos quais a principal preocupação não é comer o fígado do adversário com cebolas e batatas fritas... Belo exemplo! Será que algo vagamente parecido teria chance de acontecer na Stock? Não poria minha mão na água fria por isso...