sexta-feira, junho 05, 2009

Força G na F-1 e na Indy - Texas Speedway


Neste fim de semana o desafio para os pilotos da F-1 é passar pela curva oito do autódromo da Turquia. Entrar em quarta marcha a 24o e sair em sexta a mais de 300 km/h é coisa para poucos e bem preparados pescoços. Acho que o Luis Fernando Ramos, jornalista que cobre a F-1 e tem um blog no site tazio.com.br, vai até contar de eventuais aparatos especiais de apoio para o pescoço dos pilotos durante a corrida. A curva oito é para a esquerda e pela força G aplicada na cabeça do piloto ao longo de toda a corrida, vai realmente necessitar apoio especial, acredito.

Na Indy a corrida é no Texas. Vinte e quatro segundos por volta nessa pista que tem curvas com inclinação de 24 graus. É quase como uma montanha russa que permite que os pilotos façam as voltas com o pé embaixo o tempo todo. São 350 km/h constantes que levam o piloto ao limite de sua capacidade de suportar não apenas a pressão nos músculos do pescoço, mas também a pressão que empurra o piloto para o chão por causa da pois a pressão aerodinâmica nos carros. A oxigenação do cérebro fica no limite.

No ano de 2001 a hoje extinta CART sofreu um dos seus mais sérios golpes ao ser forçada a cancelar a prova no dia, ou melhor, na hora da corrida.
Tudo estava preparado para uma das mais rápidas corridas do calendário. Correr no Texas para a CART era afirmar sua superioridade sobre a IRL naqueles dias, pois eles tinham as melhores equipes e os carros mais rápidos. E uma certa impáfia por isso. A arrogância impediu uma preparação melhor para que os carros chegassem lá do jeito certo. E cometeram o erro de não analisar com precisão as forças G envolvidas.
Andando a mais de 230 milhas por hora numa pista de apenas dois mil e quatrocentos metros de extensão e com a inclinação de 24 graus os pilotos estavam na verdade reproduzindo as condições vividas pelos pilotos de caças de combate aéreo. Sendo que os pilotos de caças dispõe de macacão especial, pressurizado para manter a oxigenação do cérebro.

Depois de algumas voltas nos treinos de 2001, alguns pilotos começaram a ficar tontos, outros tinham black outs, deixando de enxergar por alguns instantes.

Sábado de treinos livres sob muita discussão e um sério acidente com o brasileiro Maurício Gugelmin, mas o treino classificatório chegou a ser disputado. Tudo pronto pra corrida, carros alinhados mas em cima da hora o risco de uma tragédia acabou sendo forte demais para os dirigentes. Arquibancadas lotadas, prova cancelada e os donos do oval do Texas tiveram de entrar na justiça pra receber o que achavam devido.

Um forte golpe de credibilidade na categoria que acabou sucumbindo em 2007.

Entenda melhor o que aconteceu nesse video postado no Youtube e que tem entrevista com o médico da CART, Dr. Steve Olvey que, entre outros feitos notáveis para o esporte a motor, salvou a vida de Alessandro Zanardi quando do acidente no mesmo ano de 2001 na pista de Lauzitz na Alemanha.

http://www.youtube.com/watch?v=rR28fH1J_do

Um comentário:

Rafa_Peñalver disse...

Opa Celso, sou seu fã aocmpanho sempre o pole position aos sabados. Eu achei mto interessante esse teu post a respeito da veloidade atingida no circuito do Texas, é realmente impressionante o que esses "super heróis" fazem dentro do cocckpit.

Abraço, parabén pelo blog e pelo programa na RB.