segunda-feira, dezembro 21, 2009

Asa Delta na Indy

A F-Indy está vindo para São Paulo e nos próximos dias o traçado em torno do Sambódromo deve ser exibido ao público. Os motores movidos a etanol fazem desta a mais ecologicamente correta das categorias do automobilismo. As moças que na Indy aceleram podem não ser as mais rápidas mas certamente ajudam a categoria em seu potencial de público. Até ai tudo certo, tudo bem. Mas e os carros?

Conhecidos até aqui como robustos e capazes de agüentar as pancas de mais de 340km/h nos muros dos ovais eles se parecem em muito com outros monopostos por aí. Aliás, qualquer pessoa que não acompanha automobilismo tem dificuldade de diferenciar as diversas fórmulas que ocupam as telas de computadores e TVs.

Pois como divulgou no Brasil o site www.tazio.com dia 13 de dezembro, reproduzindo o Speed TV, uma das propostas para os carros da Indy a partir de 2012 sairá do computador de Bem Bowlby, engenheiro que trabalho com a Ganassi. Na verdade o projeto tem mais de três anos e já circula pelas equipes que acreditam que com esse design terão condições de construir o carro e não compra-lo, como hoje fazem com os Dallara.

Os carros que correm hoje na categoria são vendidos por algo em torno de trezentos mil dólares. São carros de comprovada qualidade e durabilidade, sem contar a resistência, mas de complexidade que impede as equipes de projetar e evoluir o carro além das peças de suspensão. O novo carro teria essa facilidade e ainda teria o visual de uma asa delta, sem os aerofólios convencionais que estamos acostumados a ver.

Uma asa delta aproveitando as velocidades dos ovais e, claro, deixando a dificuldade da pilotagem decidir quem é o melhor. O carro geraria menor pressão aerodinâmica e perderia velocidade nas curvas, pra compensar seria uma verdadeira bala nas retas.

Se você acha que esse projeto é algo difícil de emplacar saiba que as equipes estão mais que entusiasmadas e vão pressionar a direção da IRL pra que esse projeto seja aprovado. Pilotos como Tony Kanaan já foram informados do projeto e consultados. Tony me disse que está lá pra acelerar e que se o carro for igual pra todos o que vale é a disputa. Comentou também que as características desse projeto podem melhorar as ultrapassagens e é isso que o público quer ver.

Mas como ainda falta muito tempo pra que isso aconteça e muita discussão ainda vai rolar, prefiro destacar que os italianos da Dallara vão brigar muito pra que o projeto deles seja o vencedor. O projeto dos italianos não é tão radical quanto esse de Bowlby mas também aponta pra um desenho bem diferente do que hoje serve a categoria. Enquanto a gente espera vamos nos entretendo com prova em São Paulo.

Um comentário:

Bianchini disse...

Torço para o projeto dar certo, pois no geral as categorias de monopostos estão muito parecidas umas com as outras. Um design revolucionário nos faria reviver os tempos das criações geinais do Colin Chapman, como o Lotus 25, o 72, o 56 Turbina, o 88...