quarta-feira, dezembro 23, 2009

Schumacher volta pra vencer

Vai ser sim, motivo de muitas e muitas matérias especiais, solicitações de entrevistas, análises das estatísticas e, claro, olhares especiais para o carro da Mercedes GP. Michael Schumacher volta e esquenta de imediato a F-1.

Evento midiático, diriam, mas o alemão não estaria de volta se não fosse pra vencer. Falou com médicos, passou por diversos exames e certamente por tratamentos. Negociou com duas grandes potenciais industriais e esportivas ( Mercedes e Fiat), e agora cai nos braços da torcida e estará sob a lente da desconfiada imprensa especializada que acompanha o esporte. Ele sabia disso e por isso mesmo não vai voltar pra ser meia boca, bola na trave. Ele vem pra marcar gol.

E no placar dessa Copa na F-1 teremos quatro brasileiros "contra" quatro alemães. Qual quarteto marcará mais pontos?

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Asa Delta na Indy

A F-Indy está vindo para São Paulo e nos próximos dias o traçado em torno do Sambódromo deve ser exibido ao público. Os motores movidos a etanol fazem desta a mais ecologicamente correta das categorias do automobilismo. As moças que na Indy aceleram podem não ser as mais rápidas mas certamente ajudam a categoria em seu potencial de público. Até ai tudo certo, tudo bem. Mas e os carros?

Conhecidos até aqui como robustos e capazes de agüentar as pancas de mais de 340km/h nos muros dos ovais eles se parecem em muito com outros monopostos por aí. Aliás, qualquer pessoa que não acompanha automobilismo tem dificuldade de diferenciar as diversas fórmulas que ocupam as telas de computadores e TVs.

Pois como divulgou no Brasil o site www.tazio.com dia 13 de dezembro, reproduzindo o Speed TV, uma das propostas para os carros da Indy a partir de 2012 sairá do computador de Bem Bowlby, engenheiro que trabalho com a Ganassi. Na verdade o projeto tem mais de três anos e já circula pelas equipes que acreditam que com esse design terão condições de construir o carro e não compra-lo, como hoje fazem com os Dallara.

Os carros que correm hoje na categoria são vendidos por algo em torno de trezentos mil dólares. São carros de comprovada qualidade e durabilidade, sem contar a resistência, mas de complexidade que impede as equipes de projetar e evoluir o carro além das peças de suspensão. O novo carro teria essa facilidade e ainda teria o visual de uma asa delta, sem os aerofólios convencionais que estamos acostumados a ver.

Uma asa delta aproveitando as velocidades dos ovais e, claro, deixando a dificuldade da pilotagem decidir quem é o melhor. O carro geraria menor pressão aerodinâmica e perderia velocidade nas curvas, pra compensar seria uma verdadeira bala nas retas.

Se você acha que esse projeto é algo difícil de emplacar saiba que as equipes estão mais que entusiasmadas e vão pressionar a direção da IRL pra que esse projeto seja aprovado. Pilotos como Tony Kanaan já foram informados do projeto e consultados. Tony me disse que está lá pra acelerar e que se o carro for igual pra todos o que vale é a disputa. Comentou também que as características desse projeto podem melhorar as ultrapassagens e é isso que o público quer ver.

Mas como ainda falta muito tempo pra que isso aconteça e muita discussão ainda vai rolar, prefiro destacar que os italianos da Dallara vão brigar muito pra que o projeto deles seja o vencedor. O projeto dos italianos não é tão radical quanto esse de Bowlby mas também aponta pra um desenho bem diferente do que hoje serve a categoria. Enquanto a gente espera vamos nos entretendo com prova em São Paulo.

terça-feira, dezembro 15, 2009

Duas semanas em Indianápolis

Não nos enganemos com os cortes nos dias de treino em Indianápolis. Alguns vão dizwer que é apenas questão de crise econômica mas temos outras coisas a pensar nesse caso. No calendário do ano passado foram várias as equipes que ficaram na garagem quando apenas os grandes times treinavam. O sucesso da Penske com a terceira vitória de Hélio Castroneves em maio deste ano se deve a capacidade, inclusive finaneira, da equipe do empresário Roger, de colocar o carro na pista em cada minuto disponível e ainda aprender com cada volta nesses treinso.
Times como Dale Coyne e até mesmo Andretti/Green ( hoje Andretti Autosport ), nã tinham essa condição e recolhiam os carros antes do fim do dia e deixavam os fãs a ver....vento nas arquibancadas.
Essa redução otimiza os trabalhos e faz as equipes trabalharem sob mais pressão pelo resultado. Nos dias de maio até este ano, parecia que o tempo todo a disposição deixava alguns com jeitão de preguiça. Aqueler que sabiam não ter chances de concorrer com os recursos de uma Penske ou Chip Ganassi, se contentavam com um lugar no grid. Isso era mesmo pouco para o valor do espetáculo.
A classificação será realizada no final de semana anterior a corrida. Pole Day no sábado com as 11 primeiras colocações do grid e no dia seguinte a briga fica para as vinte e duas vagas restantes.
Isso significa uma briga muito maior para aqueles pilotos e equipes que não podem se considerar grandes mas ainda sim com nomes como Dan Wheldon, que neste ano na Phanter clssificou longe das primeiras filas. Ou ainda qualquer grande, time ou piloto, que cometa algum erro no sábado.
Vai ficar melhor, sim.

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Vai pegar fogo!

Danica Patrick vai treinar no carro da ARCA no proximo dia 18 de dezembro. O treino faz parte do programa que visa aclimatar a garota aos carrões da NASCAR. Na verdade ninguém guia um carro da Nascar sem passar por esse teste, principalmente na pista de Daytona. Como a Danica quer correr lá em fevereiro de 2010, tem de fazer esse treino.
E Danica não estará sozinha. Outras três mocinhas vão acompanhá-la no teste. A mais conhecida aqui no Brasil é Milka Duno. A venezuelana que estreou na Indy em 2007 e fica cada vez mais famosa pela número de vezes que os pilotos tem de ultrapassá-la numa corrida, vai fazer o mesmo teste e se diz empolgada com a chance.
Milka começou nos carros de turismo, correu de protótipos em provas de longa duração sempre acompanhando o ritmo dos pilotos que estavam com ela. Mas uma coisa é correr numa prova longa, outra é fazer uma corrida num monoposto rápido. E ela não está a altura da Indy.
Na Arca, quem sabe? Na Nascar também não teria chance, acredito. Mas vai está lá no mesmo teste da Danica pra chatear. Acho que isso vai até atrair mais mídia. As duas quebraram o pau em 2008 nos treinos pra corrida de Watkins Glen. Milka, segundo Danica Patrick, estava passeando na pista sem olhar nos espelhos. Mika se defendeu dizendo que se a americana quisesse ( ou pudesse), poderia fazer a a ultrapassagem.
A discussão foi interessante. Enquanto uma estressada Danica esbravejava, Milka retrucava alto num espanhol ainda mais estressado. Lindo! Milka jogou a balaclava em Danica. Que medo!
As duas juntas nesse teste de 18 a 20 de dezembro, tentando conhecer os carros não vão ter muito tempo pra olhar nos espelhos, mas vão ter tempo de sobra na mureta pra falar das novidades encontradas. Né Amiga!!!!!

domingo, dezembro 06, 2009

Tensão e suspense na Copa Vicar

Nem parecia verdade. Era muito azar. Ver o Rafael Daniel abandonar a última corrida da Copa Vicar em Interlagos antes mesmo da largada foi de cortar o coração.
O piloto da Full Time/Night Power largaria em décimo lugar mas teve um problema na suspensão. Nem deu a volta de apresentação. Era o favorito ao título mas naquele momento estava fora pra assistir e torcer. Torcer contra Felipe Lapenna e Julio Campos.
Como nos estádios de futebol horas mais tarde, à cada curva um campeão diferente.
Nos boxes da equipe o garoto João Vitor estava atonito. Lamentou quando seu piloto foi forçado a abandonar. Socou as bancadas e não despregou os olhos da tela.
Torceu muito e teria a opção de ficar com o Lapenna também piloto da equipe capitaneada por seu pai, Sergio Gomes.
O próprio Sergio estava calado do outro lado dos pits. Tenso.
No final Julio ficou em terceiro e Lapenna em quarto. Cento e dezessete pontos para Felipe, cento e quinze para Campos. Nenhum deles era o campeão. A consistência de Rafael Daniel ao longo da temporada fez a diferença. Com os mesmos cento e dezessete pontos fatutrou o título pois tinha a vantagem no desempate, vitória.
Festa para o João Vitor, pro Sergio que sobe de categoria com esse time da Full Time e para o Rafael Daniel. Como eu disse ao Rafel antes da largada, ele fez por merecer. Foi um ano fantástico. Parabéns!
Fim da novela com final feliz. Fim de uma categoria equilibrada e emocionante. Pena que a TV não viu.

quarta-feira, novembro 18, 2009

Copa do Mundo nas pistas


Dois mil e dez é ano de Copa, de ufanismo nacionalista e de muita torcida pelo nosso escrete verde e amarelo lá nos campos da Africa do SUl.Na F-1 isso será reproduzido no ano que vem com a força do confronto da Alemanha contra a Inglaterra. Mercedes GP deve ter pilotos alemães e a McLaren terá pilotos ingleses. No lado latino uma verdadeira seleção no time da italiana Ferrari, com os craques Alonso e Massa, Espanha e Brasil. Estou na cerdade me adiantando aqui ao que toda a mídia vai alardear, escrever e contar em prováveis pautas durante a Copa do Mundo. Justo para falar da F-1, que nunca foi de ligar muito pra festa futebolística.
Se esse paixão nacionalista é mesmo mais forte no futebol no automobilismo isso nunca colou muito porque as equipes são tão multinacionais quanto seus patrocinadores. Cabeças boas não são restritas a fronteiras. Aliás, fronteiras existem pra fingir diferentes nós, tão iguais seres humanos.
É claro que emociona ver a bandeira brasileira, cantar o hino nunca competição internacional. Mas daí a achar que teremos mesmo esse confronto nacionalista nas pistas vai muita imaginação. Nosso foco está nos carros e na capacidade de atletas conduzirem seus bólidos da forma mais rápida e eficiênte possível. De que país? Importa mesmo? Como nos contou o artista as cores são diversas mas são todos ursos.

terça-feira, novembro 17, 2009

Beira de estrada


A rodovia BR116 está sendo privatizada. Aos poucos, e com as graças do pedágio que no trecho sul, depois de Curitiba cobra dois reais e setenta centavos, a estrada ganha melhorias. Aos poucos mesmo. Ainda temos pista simples de mão dupla, mas ao menos a sinalização de solo é das boas. Viajamos na madrugada do último domingo, debaixo de chuva, aproveitando o pequeno movimento por causa do horário e condições climáticas.
O melhor da viagem foi a economia do carro que usamos, um Peugeot Escapade. Motor 1.6 que com gasolina fez 495 km entre a estrada desde Curitiba e também as ruas de São Paulo nesta terça feira. E o computador de bordo ainda indicava mais 103km de autonomia. Impressionante.
O curioso da viagem foi mesmo ver que na parte de planalto do Paraná e Santa Catarina, onde a BR116 passa, temos muita cultura regional nos ensinando. Em Santa Catarina, por exemplo vimos o quanto a cultura alemã influencia. O local da placa da foto é dos mais bucólicos. Tem escola com o mesmo nome. O curioso é que esse nome de família de origem alemã não é lá dos mais auspiciosos em inglês. De qualquer forma, em bom português, ali estava a indicação do local. Coisas do Brasil que tem lá no nordeste a família Rola.

segunda-feira, novembro 16, 2009

FOTOS DO RALLY DAS SERRAS EM SÂO JOAQUIM,SC



















Os vencedores do primeiro dia em Santa Catarina, na categoria Protótipo foram João Franciosi e Rafael Capoani(Sherpa Azul e Branco). No segundo dia os vencedores foram Roberto Reijers e Rogério Almeida (picape Ranger). Mas os campeões Brasileiros na Protótipo foram Jean Azevedo e Youssef Haddad (Lubrax)
Ao Longe os campeões brasileiros entre os caminhões, Guido Salvini e Wedner Moreira, além do mecânico F. Schwaigner, mais famoso como Ventania.(Mercedez, Michelin,Shell)
Campeões da categoria Production, Carlos Policarpo e Rômulo Seccomandi.

Mercedes compra Honda


Afinal tudo que vimos neste ano feito pela Brawn GP era na verdade obra do trabalho financiado pela Honda. Um carro bem desenvolvido, capaz de fazer de dois pilotos desacreditados até então, destaque da temporada. COm certeza a Mercedes, quando aceitou fornecer os motores para este ano, já tinha uma opção de compra do time.

Questão estratégica, a Honda tinha juntado muita gente boa e muitos estudos estavam em andamento quando ela anunciou sua saída da F-1. Mais uma vez fica evidente que a saída do fabricante japonês se deu da pior maneira e na pior hora. Todos os ienes, libras, dólares, euros investidos e que fizeram o caminho da equipe até aqui, incluindo os fracassos que tanto ensinam aos técnicos envolvidos ( afinal, agora eles sabem o que e como não fazer), são agora patrimônio da Mercedes. E tudo que dá ou der certo não dará o devido crédito aos japoneses.

Questão esportiva e financeira agora se diz que os pilotos serão os alemães Nico Rosberg e Nick Hidefeld. Assim também estará isolada na história a conquista da agora Brawn GP, equipe sobrevivente que superou demissões liderada por dois pilotos desacreditados um deles agora campeão mundial. Alguém se lembra que esse time era a Tyrrel?

E que a Tyrrel começou com o apoio da MAtra, francesa. depois com o apoio da Ford transformou-se numa das equipes mais fortes da F-1, ganhou título. Inventou o carro de seis rodas, ficou pequena e se perdeu até ser comprada pela British American Tabasso. Virou BAR e o que parecia ser um time que começava imbatível com o campeão mundial Jacques Villeneuve se perdeu também.

Vieram os ienes e os técnicos da Honda que também prometiam melhores dias. MAs os dias de vitórias e título só voltaram quando os dias de time pequeno voltaram, coisa de garagista, como se diz na Inglaterra. Ross Brawn com apoio da Mercedes como Ken Tyrrel dos primeiros dias com apoio da Matra. Será que repetem a história de 2009 como time de fábrica?

domingo, novembro 08, 2009

Depois do Show de Spies, Eric campeão!!!


O norte americano Ben Spies, já dissemos aqui, é dos mais impressionantes pilotos do motociclismo mundial destes tempos. Impressiona porque pouco se espera de um piloto que acaba de chegar numa categoria de ponta. MAs ele estreou e faturou o título mundial de SuperBike. Neste domingo participou como convidado da última etapa do MotoGP, categoria na qual vai correr em 2010. Largou em nono, chegou em sétimo. No final da prova ultrapassou o piloto de oficial da Honda, Andrea Dovizioso o que ajudou a garantir o quinto lugar no campeonato para seu compatriota e futuro companheiro de equipe Colin Edwards.

Mais uma vez o destaque é a rápida adaptação que Spies teve com a equipe, a pista e com a moto. Uma máquina longe das possibilidades dos bólidos de Valentino Rossi e Jorge Lorenzo. Apésar dos três usarem Yamaha.

Show Brazuca

Logo depois do Show de Spies na vitória de Dani Pedrosa e no fracasso do tombo na volta de apresentação de Casey Sotner, vieram pra pista de Valência os garotos que disputavam a penultima etapa do Campeonato Cuña de Campeones Bancaja.
No grid o segundo colocado era op brasileiro Eric Granado de 13 anos, líder do campeonato. O brasileiro teve a atitude certa na prova e logo de início partiu pra cima do pole position e seu maior adversário na disputa pelo título, o espanhol Jorge Martinez.
Eric faturou a vitória seguido de Martinez e ainda assinalou a volta mais rápida da prova. O resultado lhe garantiu o título do Bancaja Pre GP125 com uma etapa de antecipação.
Meus parabéns a equipe que trabalha com o jovem de 13 anos, além do pai, Marcos, Aurélio Barros e Santo Feltrin. Sem a ajuda, orientação e a educação que eles dão ao garoto, esse título não seria possível. Talento Eric têm, mas esse time garante que esse talento seja aprimorado com muito trabalho.
Eric, Marcos, Aurélio e Santo vocês são campeões!

terça-feira, novembro 03, 2009

Kobayashi no autosport.com

Na última resposta que deu ao site Autosport.com o japonês Kamui Kobayashi respondeu que seu próximo passo é tirar férias. Contou que depois de dois anos de GP2 na Europa e na Asia, além de eventuais testes na F-1, estava precisando recarregar as baterias.

No restante da entrevista ele fala do trabalho que realizou do GP Brasil até Abu Dabi e deixa claro que ter uma melhor performance ele trabalhou muito na parte de seu conhecimento teórico sobre os carros, sobre a engenharia da corrida e de como ser mais consistente. Falou de ritmo de corrida, de como isso foi funadamental pra conseguir o sexto lugar em Abu Dabi na estratégia de apenas uma parada para reabastecimento e troca de pneus.

Sem treino nesta temporada o que vimos foi o quanto cada tecnico e atleta envolvido na F-1, tive de trabalhar em simulações e visualizações do que deveria ser feito e melhorado. Uma F-1 virtual nos preparativos e muito ativa quando os carros iam pra pista. É por isso que Bernie Eclestone confirma que os treinos continuaram banidos. No máximo teremos treinos nas segundas feiras, depois de cada corrida.

Se Kobayashi foi capaz de fazer dois pontos em sua segunda prova, preparando-se de forma virtual, será que ele iria se atrapalhar com mais tempo de pista? Um cara como ele provou que é poss;ivel ser muito bom na pista sem tantos treinos e sem ser o melhor dos melhores nas categorias de base. Férias merecidas, garoto! E pelo que ele contou, longe dos carros. pelo que vimos este ano, ele náo precisa mesmo de mais que algumas horas na frente do computador pra pegar a mão dos bólidos de 2010.

sexta-feira, outubro 30, 2009

Bem Vindo, Bruno Senna!


Aí está ele. Bruno Senna na F-1! Poucos pilotos tiveram tão pouco tempo de automobilismo até chegar na principal categoria do automobilismo mundial. O Nome ajuda, claro, mas o que ele fez até aqui e o tanto quanto evoluiu desde 2004, quando começou a competir, é impressionate e nos coloca diante de uma nova estirpe de pilotos.

Estávamos acostumados a ver pilotos talentosos que mostravam sua capacidade nas categorias de base. E naqueles resultados baseávamos previsões mirabolantes de novos Fittipaldis, Piquets e Sennas. Prevíamos e, cruéis, cobrávamos! Nem preciso dizer que por melhor formados que fossem, esses talentos todos ficaram pelo caminho nos mostrando na prática que pra se fazer um campeão é preciso muito mais que talento. Ou vai dizer que Cristiano da Matta não teria condições de estar até agora na F-1, pra ficar só num exemplo?

Pois bem, essa nova fase, com mais conhecimento e repertório de automobilismo entre os fãs, nós, podemos ver que um piloto também se constroe. O exemplo maior é Felipe Massa. Talento ele sempre teve. Mas o que esse piloto evolui à cada desafio é impressionante. De veloz e errático até ser o primeiro piloto da Ferrari, vimos o quanto ele melhorou como piloto e como pessoa a ponto de ser incontestável estrela da categoria. Aprendeu com Shumacher, sim, mas impôs seu estilo na equipe italiana.

Falo de Massa pra voltar a falar de Bruno Senna. Acredito que o Bruno tenha a mesma capacidade de aprendizado, também é inteligente e tem personalidade pra atuar de forma decisiva no ambiente da equipe onde estiver. Vê-lo confirmado na F-1 é uma boa notícia. Agora na F-1 não precisamos mais esperar talento nato e imediato no melhor estilo de nossos campeões do passado. Vamos apreciar atletas profissionais evoluindo à cada prova, à cada campeonato. Vamos poder até aprender com as declarações e histórias que vão contar no caminho dessa evolução. A diversão vai ficar ainda melhor. Bem Vindo, Bruno Senna!

domingo, outubro 25, 2009

Haga, que coisa...


Dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado. Duas corridas, duas chances. Experiência de sobra. Experiência de quem chegou na final do campeonato não apenas liderando mas contando com a equipe mais estruturada e com mais chances de ser, inclusive, campeã entre os fabricantes.
Mais que isso, Noriuki haga chegou na etapa final do campeonato da Super Bike, na pista de Portimão em Portugal, para pegar o que a história havia lhe negado desde meados dos anos 90. Quatro vezes terceiro do mundial três vezes vice. Faltava o título.

Mas Haga caiu da moto na primeira bateria da corrida e deixou tudo muito fácil para o estreante do ano, Ben Spies. O norte americano venceu a primeira bateria e entrou na corrida final do ano com quinze pontos de vantagem sobre o japonês. E fez o que tinha de fazer. Largou na corrida só pra acompanhar Haga e ser campeão. Haga pilotou tímido na segunda prova. Estava batido e foi apenas o segundo colocado. Apagado. Mais apagado ainda subiu ao pódio pra aplaudir outro adversário que o venceu na pista. Expôs sua derrota do alto do pódio. Se fosse em outra época teria tido a garra de ao menos tentar vencer, atacar desde o início pra, ao menos encerrar o ano vencendo. Não foi assim.
Do alto do pódio, Haga que tanto batalhou no final do ano passado pra ir a Ducati pra vencer, finalmente o mundial, conseguiu apenas ajudar a equipe para o título de construtores.

Já o norte americano Spies confirmou todas as previsões sobre seu talento, apesar de demonstra também instabilidade durante a segunda bateria. Errou, quase caiu, mas com o quinto lugar é o campeão. Já comentei aqui tamanho do feito. Sem conhecer pistas, moto, equipe e até a lángua, Ben Spies demosntrou talento raro. Vai brilhar no MotoGp no ano que vem.

Motivação


Viva o campeão! Valentino Rossi, nove vezes campeão do mundo!!! Mas a corrida que definiu o título foi vencida por Casey Stoner

Em duas corridas, duas vitórias. Casey Stoner voltou a correr depois de um mês em tratamente e voltou com a corda toda. Com mais uma vitória, o título de número nove da carreira de Valentino Rossi vai ficar carimbado pelo australiano, campeão de 2007.
O caso de Stoner é estranho. Acabava as corridas desse jeito, acabado. Mal se sustentava em pé e precisava de ajuda pra ir ao pódio. Ou simplesmente desistia da corrida.
Na mesma época, depois da quinta corrida do ano, soube-se que a Ducati saia a cata de Jorge Lorenzo pra compor com Stoner uma equipe vencedora no ano de 2010. Até aí tudo bem, o problema é que ofereceram, dizem, algo em torno de sete milhões de euros para que o jovem espanho, bi-campeão das 250cc, pra trocar de equipe.
Ao saber disso, ainda segundo os pássaros que se aproximaram de mim, Stoner que ganha só um milhão e já tem um título, além de ser o único piloto que comprovadamente faz essa Ducati 800cc andar, teria ficado muito motivado a ficar desmotivado...doente, até.
Um mês parado. Nesse tempo a Ducati apostou tudo no norte-americano Nicky Hayden e nada de andar na frente...ficou esse tempo todo na sombra, sem dar retorno ao patrocinador. Que coisa ruim... A Ducati deve ter se arrependido por desmotivar Stoner. Nesse meio tempo nenhuma mudança técnica na moto. Nada. Eis que o garoto Stoner volta recuperado depois do descanso e vence duas seguidas.
Teoria da conspiração á parte, a verdade é que a Ducati só anda mesmo na mão do australiano e se eles trouxessem o Lorenzo por toda essa grana, não teria mesmo clima pra Stoner ficar por alí dando sangue e vitórias à equipe italiana.
Mas entre gastar mais pra trazer outro suposto gênio (Lorenzo é rápido, sim mas a Yamaha é bem melhor que a concorrência),ou ainda fazer uma moto que ande na mão dos normais que estariam a disposição da equipe, é preferível aumentar o salário do garoto que resolve, e merece alguma graninha a mais.
Duas corridas, duas vitórias. Em casa em pista seca e na Malásia debaixo de chuva. Alguém duvida do Stoner?

terça-feira, outubro 20, 2009

Quatro corridas

No Sportv Rubens Barrichello declarou que seu contrato com a Brawn GP,desde o início do ano era de risco. Quatro corridas e, se aparecer alguem pagando bem ou os resultados não forem bons, tchau!
Era pegar ou largar, era a única chance. E Rubens acreditou no que ele poderia fazer com essa penquena possibilidade de sucesso. Olhar o que poderia dar errado nessa hora é titubear, e não acreditar, é lamentar a falta de uma chance verdadeira. Principalmente pelo histórico que ele tinha de serviços prestados a própria equipe e a categoria.
Acreditou e trabalhou pra fazer o melhor. O time todo o agradeceu no dia 18 de outubro depois das conquistas. "Rubens did a great job during the whole seasson", me disse Ross Brawn no sábado a noite na entrevista coletiva programada pela Cervejaria Petrópolis, dona das marcas Itaipava e TNT.
Sim, Rubens fez um grande trabalho ao longo da temporada e não foi apenas nas corridas, mas no ambiente do time e no desenvolvimento do carro. O que ele tiver agora de retorno, no seu próximo contrato, onde quer que seja, vai recompensar a confiança na própria capacidade e a motivação que tem pra se manter fazendo o que ama, no mais alto nível.
Quatro corridas que Rubens transformou em pelo menos mais dois anos na principal categoria do automobilismo mundial.
Mas ficam ainda algumas perguntas: Como se mantem a motivação numa profissão onde o que vale são as vitórias e os títulos? Como manter a motivação vivendo num país onde muitos criticam e zombam dele pela falta de resultados? Como amar um esporte onde mais perde que se ganha e onde tudo que se diz é documentado ou até inventado? Voce teria motivação pra seguir nesse meio se já tivesse mais dinheiro do que precisa?

O Campeão

O Campeão

Ross Brawn estava emocionado. A ultima volta da prova de Interlagos foi quase um alivio para o inglës que viu seus carros chegarem apenas em quinto e oitavo lugares na prova, mas com pontos suficientes para trazer pra casa dois título de campeão. Dos contrutores e de pilotos.
Devagar Ross Brawn desceu do pit wall e caminhou para a equipe que o esperava. Olhos marejados, foi abraçado por seus colaboradores.
Há oito meses o carro que ele projetou foi pela primeira vez para a pista e logo de cara impressionou. Um dos mais velozes nos treinos coletivos, com a carenagem toda branca, e pilotoado por dois pilotos desacreditados, a maioria correu em dizer que era só pra impressionar, que na verdade os carros da recém criada Brawn GP só estavam querendo atrair patrocinadores. trataram como piada o desempenho da estréia. até que vieram as vitórias. Seis em sete corridas.
Neste 18 de outubro de 2009 ao descer do pit wall pra comemorar de forma comedida com sua equipe, ele provava que todos os cálculos e economias feitos durante a transição de Honda para BrawnGP compensaram cada noite mal dormida. Campeão Mundial agora com um time enxuto, pouco dinheiro e mais que tudo um time que ele montou com o que restou da milionária Honda. Depois de seus títulos com Beneton e Ferrari ninguém duvidava de sua capacidade como projetista nem como estrategista, mas como dono de equipe suas capacidades foram testadas em cada uma das dificuldades que enfrentou. Politicamente teve força pra manter suas soluções aerodinamicas. Economicamente negociou com a Honda que manteve os investimentos e ainda manteve a verba que a FOM deveria repassar a uma equipe que não existia mais. Nos recursos humanos acolheu dois pilotos que estavam desacreditados e atraiu técnicos para a equipe mais com seu carisma que com altos salários. O apoio da Mercedes apareceu na hora certa mas os cálculos necessários para reprojetar o carro que teria motor Honda foram muitos. Acertar cada uma dessas contas foi fundamental para que ele pudesse comemorar desta vez. Um campeão completo que só faltava saber acelerar. Mas ninguém é perfeito....

sábado, outubro 10, 2009

Dario, a Tartaruga.


O desenho ao lado é do filme da Disney, a Tartaruga e a Lebre. Em Homestead a última etapa da F-Indy este ano viu a história da fábula se repetir.

OS NÚMEROS
Três décimos de segundo mais lento que os adversários numa pista oval de dois mil e quatrocentos metros é muita coisa. Duzentas voltas depois esse tanto de diferença representa praticamente uma volta que, para os mais rápidos é completada em vinte e cinco segundos. Mas isso só vale se não tivermos nenhuma bandeira.
Mas à cada uma das duzentas voltas ultrapassagens e ajustes no carro, comunicação via rádio com a equipe e com o spoter, que no alto da arquibancada assite e antecipa os problemas.
Como essa pista é o oval de Homestead lemmbramos que seu formato não permite andar o tempo todo de pé cravado no acelerador, já que com vento de rajada o comportamento do carro e a leitura do que é necessário para seu acerto se complica. Assim e a matemática do cronômetro deixa de ser uma ciência exata.

Pois foi assim, construindo volta a volta uma estratégia que Dario Franchitti e sua equipe Chip Ganassi recontaram a história da Lebre e da Tartaruga. Rápidos, Ryan Briscoe e Scott Dixon brigaram por dois pontos de bonificação pelo maior número de voltas na liderança. Dario desistiu dessa estratégia até por não ser afeito a agressividade em ovais. E preferiu contar com a precisão dos cálculos de sua equipe e sua precisão no controle do consumo e do comando num carro que precisou o tempo todo ser ajustado pra manter o terceiro lugar.

"Devagar" o escocês viu as lebres sumirem a quase uma volta de distância até que suas máquinas precisaram de mais etanol. Dario passou a liderar "correndo" num ritmo de volta agora quase meio segundo mais lento que o ritmo das lebres que já retornavam à pista. De olho nos espelhos, com o pé controlando o consumo, Dario viveu as seis voltas finais confiando nos números de sua economia. Deu certo! A tartaruga cruzou ( esbaforida), a linha de chegada à frente das lebres atônitas.

Ryan Briscoe fez o que devia. Liderou o maior número de voltas e venceu na pista a briga com Dixon. Dixon também fez seu papel, cumpriu a estratégia e andou muito forte, sabendo que mesmo sem os dois pontos de bônus teria a vantagem sobre Briscoe no número de vitórias no campeonato. Cinco contra três. Só não contavam, Briscoe e Dixon, que o escocês fosse ficar na pista. Só não contavam que pela primeira vez uma corrida em Homestead terminasse sem a intervenção do pace car. Afinal, nos ultimos dois anos as corridas tiveram três bandeiras amarelas cada. Desta vez, NENHUMA!

A tartaruga deu sorte e Dario é bi-campeão. Bem feito!

domingo, outubro 04, 2009

HAGA LIDERA O MUNDIAL DE SUPER BIKE



O japonês Noriyuki Haga já foi quatro vezes terceiro colocado no campeonato mundial de Super Bikes. Foi duas vezes vice nessa categoria naqual ele estreou em 1996. Neste ano, faltando apenas mais duas corridas para o final da temporada ele está em primeiro lugar, dez pontos na frente da sensação do ano, o norte americano Ben Spies.

Haga estreou neste ano no time da Ducati que tem a melhor moto da categoria há tempos. Saiu do time da Yamaha em busca de uma chance de ser campeão mas enfreta desde o início da temporada a combinação quase perfeita da maquina da própria Yamaha com o talento do texano Ben Spies. Em termos de velocidade ninguém tem dúvida sobre o domínio dessa dupla e de seus méritos pra ficar com o título. Mas Haga é o favorito sentimental. Depois de tanto tentar...mas o japonês está fazendo por merecer a liderança do Mundial, principalmente nas provas da décima terceira etapda do mundial em Magny Cours na França. Haga foi segundo na primeira bateria e venceu a segunda, saindo sempre do quinto lugar no grid de largada.

Poderia ter vencido a primeira pois Spies voltou a mostrar a irregularidade que pode tirar dele o título na sua temporada de estréia. Ele cometeu um bocado de pequenos erros durante a corrida, mas estava liderando com alguma folga pois Max Biaggi segurava o ritmo de Haga, que vinha em terceiro. Depois que Haga se livou do italiano, atacou e na metade da última volta Spies entrou errado numa curva. Por alguns segundos Haga liderou mas o texano se recuperou rapidamente pra vencer quatro curvas depois.

Na segunda bateria a equipe Yamaha mudou a moto de Spies mas o desempenho só piorou e Spies não saiu do quarto lugar, assistindo a vitória de Haga que voltou a liderança do Mundial.

A grande final está marcada para dia 25 de agosto na pista portuguesa de Potimão. Vale a pena acompanhar.

Sem tração e fora do pódio


Valetino Rossi normalmente fala sem problemas sobre suas corridas. Nas vitórias, claro, ele está feliz, mas mesmo nas derrotas ele fala com leveza.
Mas depois deste GP do Estoril em Portugal Rossi estava diferente. O próprio site da categoria reparou no abatimento do italiano oito vezes campeão Mundial. Não é pra menos, Rossi perdeu por mais de 23 segundos de diferença para seu companheiro de equipe Joprge Lorenzo e pela primeira vez desde que estreou na principal categoria, não esteve no pódio da pista portuguesa. Porque?

Rossi se revelou surpreso com sua falta de competitividade por causa da falta de aderência na roda traseira de sua Yamaha. O próprio Valentino disse que no ano passado também não esteve competitivo em Portugal mas neste ano a alta temperatura gerada no pneu traseiro por causa das constantes patinadas, prejudicaram seu ritmo de corrida desde o início.

Valentino está triste com essa derrota surpreendente mas todos os outros pilotos e principalmente os organizadores do campeonato estão felizes. Nas três provas finais o campeonato do MotoGP ganhou uma dose a mais de emoção, já que com a volta de Stoner e com as boas provas que Dani Pedrosa tem feito, é possível ver a disputa pelo título até a última corrida do ano na pista de Valência na Espanha no dia oito de novembro. Com apenas 17 provas no grid ao menos esse atrativo a categoria precisava manter.

quarta-feira, setembro 30, 2009

Danica em dois mundos


Danica Patrick decidiu. Indy e Nascar. Não uma ou outra, mas as duas. Já garantiu contrato de três anos na Andretti/Green equipe que logo depois do final da temporada terá seu novo nome anunciado, já que Michael Andretti assumirá sozinho o comando da parte competitiva da empresa. E ainda negocia com a Nascar.
Inteligente, sua assessoria percebeu que ainda tem muito dinheiro pra ser faturado com a presença dela na Indy e passar pra Nascar só pelo dinheiro colocaria muita pressão sobre ela.
Agora que já tem onde correr sendo competitiva, ela terá tempo pra se adaptar a Nascar, provavelmente acelerando numa divisão de base. As negociações ainda estão em adamento e devem envolver muitos detalhes. Uma pista sobre isso quem deu foi o próprio Michael Andretti que afirmou que com o contrato assinado Danica terá limites bem definidos do que é possivel fazer com seu tempo livre na Indy.
No Twitter Danica contou nesta semana que teve tempo pra arrumar a casa. Ano que vem ao invës de colocar tudo arrumado em pilhas diferentes e tirar o pó das revistas velhas, ela vai estar em algum oval trocando tinta com os marmanjos.

sábado, setembro 26, 2009

Entre uma moto e outra


Notícias da F-1 e da Indy atraem as nossas atenções e nos colocam diante de um mundo cada vez mais rápido nas transformações. Twitter tem sido a solução, a ferramenta pra acompanhar Danica Patrick contando que dormiu bem logo que chegou do Japão e que Tony Kanaan é mesmo viciado em academia. O cara Malha todo dia! Profissão atleta do volante. Grande Tony. E Danica vai estar como companheira de Tony até o final de 2012na equipe Andretti.

Mas não dá pra deixar passar os fatos mais recentes que marcam a F-1. Escrevi aqui que a Limpeza começou mas depois de encarar a realidade dos buracos das ações da FIA contra Flavio Briatore, acho que a limpeza não vai muito além de um ou dois excutores de tramóias.

Afinal Briatore é sócio de Bernie Eclestone na GP2 e também está na World Series. A ação da FIA contra o italiano não pode impedir seu trabalho de manager já que seus contratos com os pilotos são feitos na justição comum. Enquanto o australiano Mark Webber veio a público dizer que em 11 anos de parceira nunca teve problemas com o italiano comandando seus contratos, Eclestone e Montezemolo disseram que a punição da FIA a Briatore era pesada demais.

Briatore é desafeto de MAx Mosley que está, por sua vez, deixando a presidencia da FIA. Jean Todt, um dos candidatos a presidencia, é pai de Nicolas que tem pelo menos interesses em três equipes da GP2, que pertence a Briatore. A conta é simples e clara, como a música que anuncia o pra mim gênio Silvio Santos desde os anos sessenta, "...Briatore vem aí, lará, lararará, Briatore vem aí..." De volta, renovado, limpinho talvez, mas o mesmo Briatore.

Com Nelsinho limpo pela FIA desde o início o único sujo do caso Cingapura 2008 é mesmo o engenheiro Pat Symonds que calculou a falcatrua mandada por um e executada pelo outro. Ou será que Briatore virá resgatá-lo quando estiver de volta?

Pra encerrar com alguma esperança esse olhar desolado para tantos resultados supostamente trabalhados, bem que o projeto para este 2009 poderia contemplar um brasileiro campeão do mundo. Até pra compensar o título que não veio em 2007 (quando a Mclaren perdeu tão estranhamente o título para a Ferrari de Haikkonen) ou 2008 quando parecia tão claro, não fosse o resultado ainda passível de anulação de Cingapura. Acelera Rubens! Quem sabe...

Ela é demais!


Confesso que senti medo. Não é sempre que se tem uma dessas tão perto, a mercê de nossos desejos. Uma tentação e tanto ela alí, parada, esperando pra ser montada e domada! E se eu não fosse capaz de domá-la, pensei.

Quando montei e comecei a olhar os detalhes, cada curva, cada saliência, me perguntava ainda como é que tanta beleza tinha vindo parar assim tão perto. Até então uma dessas, pra mim, só mesmo nas páginas daquelas revistas. E agora eu ali...que delícia a sensação de estar sobre ela...

Ok, já que o exercício lugar comum de comparar moto com...sabe-se lá o que, é mesmo bem fácil de ser percebido, devo confessar que foi mesmo prazeroso andar na Kawasaki ZX10R. Uma máquina que parece que vai intimidar pela fama de esportivíssima com seus 188 CV de potência, pelo som do motor, pela posição de pilotagem e até mesmo pela reação incial aos comandos.

Mas assim que a primeira volta foi concluída na pista de testes da Pirelli, durante o concurso da escolha da Moto do Ano da revista DUAS RODAS, do qual participei junto com outros 14 jurados,percebi que essa é uma moto do bem. Tem tudo pra ser "marvada" mas também tem um comportamento dinâmico e de motor que permite que ela seja usada como se quiser e como se puder. Mesmo pilotos menos dotados conseguem se divertir nessa moto de 58 mil reais.

Claro que empinar em terceira marcha, deitar nas curvas até detonar os raspadores é possível, mas uma "bandola" pelos bares da moda pra ser notado pela galera também cabe. Só não cabe tentar uma garupa que exija algum conforto. Aí você tem de lembrar que tudo tem limite. E nessa Kawa o limite é apenas um de cada vez. Pelo menos com o devido conforto e respeito ao projeto.

Se essa Kawa não tem freio ABS tem controle de tração e é moderna em tudo no seu visual. Durante o teste eu só não apaixonei por ela de forma exclusiva porque também deitei (nas cuvas da pista da Pirelli) com uma alemã de 1300cc que veio da Bavária pra fazer a quase perfeição em motos passar dos setenta mil reais. Mas isso é papo pra outro post.

quarta-feira, setembro 16, 2009

Limpeza


Poderia até se chamar renovação mas acho que o que se vê na F-1 é mesmo um processo de limpeza.
Depois que a Mclaren foi flagrada em espionagem explícita e perdeu o título. Depois que Max Mosley foi exposto publicamente no episódio das prostitutas fantasiadas. Depois que a Mclaren teve de trocar de dirigente. Depois que as equipes lideraram uma revolta ameaçando criar uma nova categoria e se opondo ao poder da FIA e de Bernie Eclestone. Depois que Max Mosley prometeu que não será mais candidato a FIA. E depois de escacarada uma farsa, a Renault teve de demitir hoje seu dirigente maior na F-1, Flávio Briatore.

Essas batalhas na guerra de poder da F-1 estão mostrando o quanto a categoria deve mudar, tem de mudar. É fato que essa publicidade toda na midia mundial, e de graça, garante exposição a todos que competem na categoria, mas é má publicidade. E os efeitos dela são negativos num futuro próximo. Aliar-se a imagem de falcatruas e falta de comando que hoje parece imperar alí, não é bom para nenhuma corporação.
Por isso a limpeza se faz necessária.

E eis que resurge no cenário o nome Lotus. Um nome que remete imediatamente aos tempos áureos do início da revolução esportiva e administrativa que Bernie Eclestone implantou na categoria. Era coisa de garagistas ingleses, virou negócio internacional. Um nome trazido por novos empresários, novo dinheiro de um país que sente menos os impactos da crise finaneira mundial que ainda perturba governos na Europa.

A mesma crise que faz as montadoras que estavam dominando a categoria, reverem seus planos e tamanhos de investimento, algumas se retirando do cenário. É bem verdade que coporações, como as montadoras, são comandadas pelo público que compra ações e carros de rua dessas marcas. Esse público forma o mercado que influencia os vários dirigentes nas muitas divisões de cada companhia e eles escolhem, bem ou mal, os homens que dirigem as ações esportivas nas pistas de corrida.

A limpeza que se faz na F-1 é resultado de um mercado chocado com notícias de espionagem e resultados manipulados, de egos maiores que os méritos. Mas não sejamos ingênuos em achar que isso feito tudo muda. O que muda na verdade é a fase. Outra realidade, com coisas boas e ruins vai se instalar. O que a gente espera, como amantes do automobilismo e de sua mais importante categoria, é que seja mesmo uma fase mais limpa.

Nas pistas uma pequena equipe com um piloto inglês desacreditado e um brasileiro duas vezes vice, tem tudo pra faturar o título. Limpeza.

terça-feira, setembro 08, 2009

fotos prometidas no twitter






Tres dias de prova, quatro dias de estrada e um de descanso forçado por causa da falta de vöo. A internet por rádio não é daqs melhores onde estampos mas garante essas fotos no blog. Amanha teremos mais facilidade de acesso em São Paulo e mais curiosidades desse Berohoka

sexta-feira, setembro 04, 2009

Cachoeira e Trilha no Mato Grosso











Dois dias na estrada e aqui estamos. Mato Grosso, Barra do Garças. Foram mais de mil quiloetros até aqui desde Cuiabá, com passagem pela Chapada dos Guimarães.




Me traz aqui o Rally Ecológico Berohokã, que na língua dos Carajás quer dizer Grande Rio, o rio Araguaia. Ele começa pequeno na cidade de Mineiros no estado de Goiás e foi lá que partimos com o comboio de pilotos nessa manhã.




O diretor técnico desta prova é Lourival Roldan que participou de seis edições do Dacar e traz sua experiëncia para fazer desta, apenas a primeira de muitas edições deste rally.




Pois entre longos deslocamentos de estrada de terra e trilhas com muito poeira vemos esta cachoeira. No caminho serão muitas mais e outras tantas histórias que pretendo contar aqui. Mas estas fotos, eu tinha de dividir já.




Espero que gostem. O programa Super Motor Especial que fazemos aqui para o Bandsports, vai ao ar em duas semanas.

segunda-feira, agosto 31, 2009

Sete milésimos


Apostei em Scott Dixon e ele está agora em terceiro lugar na Indy. Foram duas provas. Em Sonoma veio o décimo terceiro lugar depois de ser tocado e rodar logo no início da etapa e em Chicago segundo lugar enquanto os adversários venceram uma prova cada. Ok, parece que não acertei a mão, ou tenho o poder de "secar" o observado....Pode ser.

Mas a Indy ainda tem duas corridas pela frente e o tempo suficiente pras coisas mudarem.

Tanto é verdade que o cara que mais caráter de vencedor mostrou nessas duas corridas foi mesmo o atual lider, Ryan Briscoe. Um cara franzino, de sorriso tímido e que apesar de ter andado em carros bons, nunca foi o "marvado" que um vencedor sabe ser. Tudo tem hora e lugar, afinal. Briscoe tem mostrado isso.

Em Sonoma, sem carro pra dar o bote, se segurou pra fazer mais um segundo lugar. Em Chicago recuperou se de um erro ao fazer o segundo pit. Briscoe parou fora das marcas que os pilotos têm de acertar. Desse jeito a mangeira de reabastecimento ficou esticada, num ângulo que prejudicou o encaixe no bocal do tanque de combustível. Segundos preciosos se foram e Briscoe retornou á pista no meio do pelotão, onde a briga era feia, com até três carros lado a lado, de volta para a vitória.

Venceu por sete milésimos de segundo, a quarta vitória mais apertada da história da Indy! Tiro a chapéu pra ele pois o tempo todo, dez voltas, o australiano veio pela linha de fora e insistiu muito pra conseguir vencer.

Mas o segundo colocado foi Dixon e nas duas próximas corridas, mesmo sem ter nelas o melhor dos históricos, acho que o neozelandês ainda se recupera.

segunda-feira, agosto 24, 2009

Helio e Tony, Tony e Helio




Pilotos brasileiros quando estão fora das pistas são amigos inseparáveis. Se a programação é balada eles estão juntos, se é pra treinar de kart ou ainda fisicamente de bicicleta ou academia, lá vão eles juntos. Uma diversão eterna.
Mas quando o negócio é corrida, a gente logo espera uma dose a mais de competitividade, de combatividade e, se precisar, até mesmo de batidas entre os brasileiros.

Se isso vale pra quaisquer brasileiros em qualquer categoria, não importa o tempo que passaram disputando algo, imagine o caso de Tony Kanaan e Hélio Castroneves. Os dois sempre foram referência e estímulo um para o outro. Uma relação que ultrapassa e muito os limites das pistas, pois desde a infância eles disputam e viajam juntos. Suas famílias conviveram quando os dois ficavam um na casa do outro em quando nas competições em São Paulo ou Ribeirão Preto. O que eles tiveram naquela fase era coisa de irmãos. E como bons irmãos naquela fase também disputavam a atenção das garotas. Não faltavam motivos para que os dois fossem inseparáveis duelistas!

Hoje Tony Kanaan e Helio Castroneves sabem que a rivalidade que desenvolveram foi importante na evolução técnica deles. Apesar de anos competindo e evoluindo como pessoas e pilotos, eles ainda se sentem como os garotos que disputavam frenagens nos kartódromos brasileiros. Não importa se hoje estão acelerando a mais de 350 km/h. É como se mais que uma corrida da Indy eles disputassem um campeonato à parte. Não sei se eles guardam ou marcam as disputas que tiveram, mas o fato é que quando eles estão próximos numa prova todos sabem que vai sair faísca!

No último domingo em Sonoma na Califórnia Tony e Helio mais uma vez se encontraram. A disputa entre eles não valia muita coisa na pista, ou no campeonato, mas não deu outra. Tony vinha mais rápido e ignorou a entrada apertada da chicane e Helio ignorou o possível ataque pra fazer sua linha normal naquele ponto da pista, fechou a passagem. Bang!

O choque acabou com as já pequenas chances de Hélio na corrida pois seu carro decolou nas rodas do carro de Tony. Poucas voltas depois a suspensão dianteira esquerda do Penske número 3 se quebrou na entrada de uma curva. Helio foi pra fora da pista onde ele venceu a prova do ano passado. Tony também acabou prejudicado e não foi além de um oitavo lugar na pista onde venceu em 2005. Depois da prova os dois se falaram rapidamente sobre o encontro na chicane. Tudo normal, acidente de corrida, acidente entre pilotos que se conhecem e sabem que nenhum deles cederia.

Eu me divirto quando vejo os dois porque é como se eu visse os dois lados de uma mesma moeda, dois irmãos querendo a mesma coisa das pistas: chegar na frente, ser o primeiro, ser o mais rápido. E como não dá pra ganhar todas, pelo menos ficar na frente do irmão já é uma vitória. A Indy com Tony e Hélio é diversão garantida.

sábado, agosto 22, 2009

Ponto cego e piloto sem treino

Logo depois da pequena reta dos pits em Sonoma na Califórnia, uma curva para esquerda em subida. La no alto começa uma coutra curva para a direita e depois dela uma lombada. A saída da curva é cega e na área de escape só terra.
Foi alí que Nelson Phillipe rodou no carro 34 da equipe Conquest.
Já um carro que faz bem a volta e tem equilíbrio, como um carro da Penske sempre tem, entra na lombada acelerando e não tem mesmo tempo pra escapar de uma batida em alguém parado por alí. Foi assim que Will Power bateu no carro do francês.

Andei naquela pista em 2005. Toda a equipe da Band no carro alugado e demos algumas voltas. Pista difícil de acertar o traçado por causa dos vários pontos cegos e, pior, não há área de escape limpa. Só poeira, terra, um verdadeiro rally pra quem sai da estreita faixa de asfalto. Um piloto sem atividade como Phillipe deveria mesmo demorar um pouco mais pra se aclimatar com o ambiente da Indy, com o carro pesado, sem assitência hidráulica ou elétrica na direção, e ainda com esse traçado de Sonoma com apenas um treino livre antes da classificação. Mal escolhido o lugar para o piloto francês voltar.

Nesse sentido tanto a F-1 quanto a Indy tiveram na pista pilotos sem o devido treino e até competência. Phillipe em Sonoma e Badoer na mítica Ferrari, em Valência. Phillipe está no hospital hoje com fratura exposta no pé esquerdo acompanhado por Will Power que o acertou no meio. Torço pra que Badoer fique mais á vontade na pista espanhola e vá pra casa sem qualquer susto amanhã. Tanto ele quanto os outros dezenove pilotos

Veja no Youtube

Huge Practice Crash 2009 Motorola Indy 300 - Will Power, Nelson Philippe and Ernesto EJ Viso

segunda-feira, agosto 17, 2009

On board num carro de rally


Motos e rallies. Nesses esportes, já afirmei várias vezes nos programas que faço no Bandsports e nas radios Bandeirantes (pole position sábados das 13 às 14 horas) e MIT FM( sábados e domingos às 10 da manhã), que estas são minhas paixõe. Nas motos porque uso diariamente e porque tive o prazer de fazer parte da geração que ia para as trilhas onde hoje tanta gente mora, Alphaville e Tamboré, além de ter andado muito na Serra do Japi em Jundiaí.


Trabalhei em revista especializada e cobri centenas de eventos e o diferencial no motociclismo é que nele você vê o atleta, percebe o quanto ele atua pra conseguir tal desempenho. Velocidade, cross ou ainda cross country o piloto tem muito mais participação no resultado.Dizem que de at;e 70 por cento. Não duvido.


Nos carros o Rally é fascinante porque coloca o piloto comandado por outra pessoa, o navegador, que "avisa" o que vem por aí. E ele decide em fração de segundos, improvisa, coloca o carro onde quiser acreditando numa ínfima aderência dos pneus. Sebatien Loeb, que gênio!


No último final de semana fui até Ribeirão Preto registar a quinta etapa do ano da Copa Peugeot de Rally onde carros projetados para andar na rua recebem suspensões especiais, gaiola para segurança e um jogo de pneus para rally. E lá vão eles pro "trecho". Vinte e cinco carros vendidos a precos subsidiados e até com financiamento. O carro custa cinquenta mil reias.Com o carro o piloto ganha macacão pra ele e para o navegador e ainda conta com serviço de transporte gratuito para todas as etapas do ano. Isso é que é baixo custo!

Nomes como Rafael Tulio, campeão sulamericano, ou o experiente Luis Facco aceleram ao lado do garotos como Lucas Arnone e Gabriel Morales que pelo que tocam, têm grande futuro no esporte. Lucas como piloto e Gabriel na navegação.


Mas além desse contato direto com a poeira nos quase 118 km divididos em seis especiais, a Peugeot proporcionou dois cursos para jornalistas. O primeiro de condução na terra de um carro de tração dianteira e o segundo foi de rally. Com as dicas do piloto Tino Viana pudemos experimentar um 207 preparado para rally em apenas duas voltas numa pista improvisada. Apenas, porque o gosto de quero mais já provocou uma noite mal dormida e muitos planos de tentar voltar a acelerar. Moto no dia a dia e rally em oito provas no ano....nada mal....


domingo, agosto 16, 2009

Rossi e a ausência de Stoner.



Mais uma vitória de Valentino quando mais se esperava por um sucesso de Jorge Lorenzo. Mas o espanhol caiu quando foi pressionado. O vídeo está no tazio.com.br. Agora o trabalho de Valentino foi facilitado com os 50 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o próprio Lorenzo. Mas a grande novidade pelos lados do MotoGp é a necessidade da Dicati ter de buscar um novo piloto para a sua primeira moto. Stoner fora por três provas para...descansar. O garto de 23 anos está com energia de um senhor de 55 anos. É por isso que ele cansava nas provas. Parado vai passar por mais exames pra saber as causas dessa perda de energia.

E a Ducati dá lugar para Mika Kallio e Michel Fabrizio, dois jovens pilotos mas que ainda demoram pra pegar a mão da moto de Stoner. Sim, a moto de Stoner. Porque tudo que foi feito na fábrica de Bologna desde que o australiano chegou alí, foi para e por causa de Stoner. E por mais que seus companheiros de equipe pedissem mudanças na máquina, só a vontade de Stoner foi atendida.

Sem Stoner a moto ficou nas mãos do americano Nicky Hayden. E em Brno, enquanto Kallio lutou com Melandri até cair no final da prova, o americano pode desfrutar de uma moto mais do seu jeito pra fechar a prova em sexto lugar. Deve estar feliz o simpatico campeão mundial de 2006.

A exemplo do que já vimos em outras equipes e em outras modalidades do esporte a motor, uma equipe, uma fábrica, deve mesmo ter alguém para quem direcionar seu trabalho. Schumacher e a Ferrari mostraram recentemente essa receita de sucesso. Mas no caso do motociclismo o favorecimento de uma pilotagem tão " excentrica" quanto a de Stoner, fez da Ducati uma equipe, ou fábrica de um só piloto, uma só moto.

Que o tratamento de Stoner dê a Ducati tempo para construir algo mais compatível com a equipe que se dedica para ser mais que apenas uma coadjuvante vermelha no passeio atual das máquinas da Yamaha. Reparem que Valentino chegou onze segundos a frente da Honda Dani Pedrosa, o segundo colocado em Brno.

segunda-feira, agosto 10, 2009

Scott Dixon?




Faltam quatro provas para o encerramento do campeonato da F-Indy e três pilotos podem chegar ao título. Scott Dixon, Ryan Briscoe e Dario Franchitti.
Matematicamente Helio Castronevesainda estaria nessa briga, mas depois do décimo segundo lugar em Mid Ohio e pelo sistema de distribuição de pontos da Indy não acredito que ele consiga tirar a diferença. São 101 pontos.

E dos que disputam o título aqui vai meu favorito,
Scott Dixon!
Não apenas pelo que ele mostrou ate aqui no campeonato, mas pelo que ele mostrou nos últimos três anos. Dixon foi vice em 2007 quando perdeu por pouco para Dario Franchitti e no ano passado dominou. Este ano o equilíbrio de forças coloca agora dois pilotos da Chip Ganassi e um da Penske na briga mas Dixon parece estar mais preparado pra ser campeão. Inteligente, sabe executar com perfeição as estratégias montadas por Mike Hull, elemento chave das vitorias e desse possível título, o terceiro do já recordista de vitorias na Indy com 20 triunfos.

Dia 23 de agosto eles correm em Sonoma na Califórnia onde Dixon fez a pole em 2006 e venceu em 2007. Em Chicago( dia 29/08) o neozelandês nunca venceu, mas tem quatro segundos lugares sendo três nos últimos três anos. No ano passado ele foi para o pódio como vencedor, mas depois de revisar as imagens e registros da chegada algumas vezes a direção de prova percebeu que Helio havia vencido por apenas três milésimos de segundo.
No Japão( dia 19/09) o histórico de Dixon mostra apenas um terceiro lugar no ano passado como melhor resultado. Em Miami, sede da ultima corrida, Dixon venceu em 2003 e no ano passado, exatamente quando conseguiu seus titulos.

Mas melhor que olhar para o passado é perceber o momento desses pilotos. Se essa seqüência de corridas finais fosse acontecer no espaço de um mês, com pressão máxima, apostaria ainda mais no Dixon. A tocada dele em Mid Ohio foi perfeita!
Como o campeonato só acaba na prova de Homestead, dia 10 de outubro, outros fatores podem entrar na conta e fazer Briscoe e Franchitti mais fortes na briga. Mesmo assim, aposto no neozelandês. Cabeça fria e concentrado, acho que ele este ano iguala os três títulos de Sam Hornish Jr. pra depois, quem sabe, dar uma de Valentino Rossi mudando de equipe pra buscar um quarto triunfo.

Gil de Ferran que revelou seus planos de montar um time na Indy em 2010, sempre rasga elogios para o neozelandês diz que Dixon. Dixon já pilotou pra ele na ALMS e poderia ser sondado para a missão de comandar o novo time. Alguém pode dizer que trocar time grande por time pequeno é mau negócio, mas quem é que disse que Gil vem pra Indy com outra coisa na cabeça que um título? E logo.

segunda-feira, agosto 03, 2009

Novidades aprovadas


Tudo funcionou perfeitamente depois das novidades tecnicas disponibilizadas para as equipes da F-Indy. Se nas provas de Iowa e Richmond as corridas foram ruins em emoção pela falta de ultrapassagens, disputas, desta vez a Indy retomou suas características básicas com brigas o tempo todo. O "Press/push to pass" funcionou para defesa de colocações e ultrapassagens. O pacote aerodinâmico e os novos compostos de pneus trabalharam para dar condições de aproximação entre os carros e disputas lado a lado como aquela que definiu a corrida.

A briga entre Ed Carpenter e Ryan Briscoe foi de arrepiar porque os dois balançaram os carros lateralmente durante dez voltas tentando intimidar um ao outro e no final a vitória de Briscoe foi por apenas 0,0162 segundos. Os cinco primeiros chegaram num intervalo de sete décimos de segundo!

Os pilotos elogiaram mesmo tendo pouco tempo pra se preparar para a corrida em Kentucky, já que a chuva e a umidade da pista permitiram apenas um treino antes da prova. Aliás esse pouco tempo de treino também contribuiu para essa disputa tão intensa e até pela presença de Ed Carpenter na ponta. Não fosse a batida nos pits, Mario Moraes também estaria na briga pela vitória.

Agora é apostar que esse novo pacote esteja afinado também para a corrida do próximo final de semana, em Mid Ohio, circuito misto que recebe a décima terceira corrida do ano. O maior desafio ali para as equipes é, na verdade, com a escolha das marchas por conta do "press ou push to pass".

sexta-feira, julho 31, 2009

Calendário 2010 da Indy

Calendário confirma que o Brasil abre a temporada do próximo ano aqui no Brasil.
Terry Angstatd,vice-presidente comercial, afirmou que em no máximo dez dias o local da prova brasileira será confirmado. Rubeirão Preto, Campinas e Rio de Janeiro estão na disputa.


Março 14 Brasil TBA
Março 28 St. Petersburg, Fla. 1.8-mile street course
Abril 11 Alabama - Barber Motorsports Park 2.38-mile road course
Abril 18 Long Beach, Calif. 1.968-mile street course
Maio 1 Kansas Speedway 1.5-mile oval
Maio 30 Indianapolis Motor Speedway 2.5-mile oval
Junho 12* Texas Motor Speedway 1.5-mile oval
Junho 20 Iowa Speedway .875-mile oval
Julho 4 Watkins Glen International 3.37-mile road course
Julho 18 Toronto 1.721-mile street course
Julho 25 Edmonton 1.973-mile airport course
Agusto 8 Mid-Ohio 2.258-mile road course
Agusto 22 Sonoma 2.245-mile road course
Agusto 28* Chicagoland Speedway 1.5-mile oval
Labor Day Weekend Kentucky Speedway 1.5-mile oval
Setembro 18 Motegi 1.5-mile oval
Outubro 2 Homestead-Miami Speedway 1.5-mile oval

quarta-feira, julho 29, 2009

Welcome Schumi!!!!!!


Schumi de volta é coisa pra se comemorar! Quem ficar de olho na pista pra conferir a "qualidade"do piloto nessa sua volta, perde em muito a perspectiva de que se trata de um evento em si. Um grande evento!

O maior piloto de todos os tempos, pelo menos nos números, não precisa provar mais nada e vai sim tornar a F-1 ainda mais interessante. Bela tacada do mestre Eclestone que deve ter articulado essa volta. Excelente para a Marlboro, para a Fiat, para a Ferrari e até para Felipe Massa que não vai ter em seu carro nenhum maluco tentando provar que pode algo que não vai conseguir, a vaga do brasileiro.

E Felipe, segue nos impressionado. Não falei que o cara era rápido?! O próprio Felipe vai dar umas dicas pro Schumi na hora do alemão acelerar o primeiro carro da equipe Ferrari mais uma vez.

terça-feira, julho 28, 2009

Mudanças na Indy


Se as corridas estavam perdendo emoção a direção da IRL está apresentando uma série de mudanças nos carros já para a corrida do próximo sábado, a décima segunda etapa no oval de uma milha e meia do Kentucky.


Até a prova de Richmond o que vimos foi a restrição de regulamento atrapalhar a essência das corridas nesse tipo de pista, ou seja, as ultrapassagens constantes. Tudo foi padronizado, até mesmo a distância entre eixos dos carros. O problema foi a adição de flaps nas asas traseiras que acabou provocando o mesmo efeito que os carros da F-1 costumavam ter, turbulência que atrapalha o carro que vem atrás e impede a aproximação para ultrapassagens.


A partir da prova de Kentucky no próximo sábado, esses flaps estão retirados e a parte final das laterais dos carros, logo à frente das rodas, pode ser modificada pelas equipes.


Além dessa libração aerodinâmica os carros também vão ter mais potência no motor, a ser administrada pelos pilotos durante a prova. Trata-se do botão "push to pass" que vai usar uma alteração nas centrais eletrônicas para liberar de cinco a vinte cavalos de potência durante doze segundos. Essa potência varia assim por causa dos mapas de alimentação de combustível que o pilotos já utilizam. Se for no mapa de mistura mais rica a potência é a menor.

Tanto o tempo de liberacão de potência a mais quanto a própria potência disponivel será decidida pelos organizadores à cada corrida, baseando-se no tamanho da pista.

E pra não ficar só nisso os pneus também serão revisados em seus compostos. Mais aderência deve dar mais tranquilidade para os pilotos arriscarem mais durante a prova.

Com isso a corrida de Kentucky no próximo sábado vai ser imperdível. Se não pela garantia de mais ultrapassagens, pelo imponderavel resultado, já que pilotos e equipes que vão usar tudo isso de uma vez e sem treinos preparatórios. Quem sabe tanta novidade não recoloca a equipe Andretti/Green de volta no circulo da vitória...para variar, pelo menos.

segunda-feira, julho 27, 2009

Punições e estudos


O tempo esclarece e nos ensina. Felipe Massa está se recuperando muito bem lá na Hungria e se depender do ritmo no qual ele sempre fez as coisas, rápido, logo estará nos surpreendendo positivamente. Já está, na verdade.


Mas o que podemos dizer das atitudes da FIA depois do GP da Hungria? Punir a Renault pela roda solta do carro de Fernando Alonso, logo depois do primeiro pit stop resolve ou é apenas um recado? Se é pra punir o erro da equipe por que não punir também a equipe Brawn GP que até agora nem disse o que quebrou nem porque no carro de Rubinho naquele treino? Uma mola solta de um amortecedor....peça que tem além de parafusos e pinos, tem porcas e contra porcas...quebrou, soltou...e ficou saltando na pista.

Afinal, erro de equipe ocorreu nos dois casos. Um ocorreu na montagem de uma roda na correria natural dos pit stops. O outro ocorreu por faldiga de material (?), ou falha de montagem(?) e,nos dois casos, foi "culpa" da equipe.

Uso "culpa" com aspas aqui porque não acredito em algo premeditado. Aconteceu, foi erro. Mas se vale punir um caso o outro, repito, deve seguir a mesma linha.

Mas a incoêrencia da FIa vai além, já que durante a largada no GP da Hungria Kimi Haikkonen "abanou" para todas as direções a sua Ferrari e nada aconteceu com ele. A Fia anunciou que investigava as ações do finlandês logo depois da largada, mas ao final não houve punição. Na prova da Alemanha Mark Webber fez um movimento parecido e acabou punido com um drive through. Webber tocou a lateral do carro de Rubens Barrichello e Haikkonen tocou a roda do carro de Sebastian Vettel. Diferenças aqui foram quais mesmo?

Mas ações conscientes e estudadas da FIA esperamos agora, depois dessa sequência de acidentes. Henry Surtees e Felipe Massa foram vítimas de pedaços de carros e das características dos monopostos. Cockpit aberto é a essência desse modelo, peças e rodas voando pela pista, não.





domingo, julho 19, 2009

Esse garoto.....


Existem campeonatos, torneios e copas de todos os tipos pra permitir que os jovens talentos despontem. Em vários esportes.

No caso do motociclismo o Bancaja da Espanha é o maior o mais tradicional, o melhor. Ganha do torneio da Red Bull.

E no torneio deste ano o Bancaja vem sendo domindado pelo brasileiro Eric Granado. Aos 13 anos ele segue numa trajetória de sucesso, sempre aprendendo e sempre melhorando seu desempenho.

Neste domingo ele venceu a prova de Cartagena com mais de quinze segundos de vantagem sobre o segundo colocado. A prova teve 14 voltas....

Pra quem acha que esse campeonato é como aqueles de kart onde o equipamento de uns é muito superior ao da maioria, trata-se de uma campeonato onde o equipamento tem controle estrito da organização. E com tanto espanhol correndo, certamente ninguém is querer "ajudar" um estrangeiro.

Eric Granado é o líder do campeonato na categoria Pré GP 125 com duas vitórias em três corridas realizadas e ainda somou pontos pelas três poles e duas voltas mais rápidas. Ele tem 84 pontos contra 46 do vice, Ignácio Roman.

Anote o nome do garoto, Eric Granado!

Com a benção de Lula

Indy no Brasil!!!
Nesta segunda feira ao meio dia o presidente Lula recebe Terry Angstadt, presidente da IMS, o piloto Helio Castroneves além dos empresários Willy Herrmann e Carlo Gancia, que representam a Indy no país , para sacramentar a presença do Brasil no calendário do ano que vem.
O local específico da prova ainda não foi divulgado, mas sabe-se que Ribeirão Preto tem ligeira vantagem sobre Campinas e Rio de Janeiro nas negociações.
Lula recebe o grupo tambem função do patrocínio que a APEX Brasil já concede a categoria, fornecendo o etanol que é usado com combustível dos carros desde o início do ano. A prova no Brasil é só mais um passo nessa parceria que visa divulgar produtos e empresas brasileiras nos EUA e ainda tornar o etanol uma comodite.

Rossi na Alemanha



Cento e uma vitórias. Quem conferiu hoje a prova da Alemanha viu como Valentino usou a inteligência pra conter o talentoso Jorge Lorenzo na briga pelo primeiro lugar. O espanhol tentou de tudo, assumiu a ponta quando faltavam cinco voltas para o final numa bela ultrapassagem mas deu três voltas de informações precisosas para Rossi.

Quando faltavam duas para acabar o italiano passou na entrada da curva um e depois sabia cada ponto forte de Lorenzo para neutralizar seus ataques. "Maestro", "The Doctor" agora com 14 pontos de vantagem na liderança do campeonato. Rossi 101 vitórias e animado para mais um título.

Mas a luta ainda está longe de acabar e Lorenzo aprendeu mais uma hoje. O campeonato do MotoGP está muito, muito bom!

sábado, julho 18, 2009

Midnight na Estrada


Acabo de chegar de Campos do Jordão. Uma viagem rápida pra fazer o programa Pole Position, da rádio Bandeirantes.
Avaliar essa moto começou com o passeio em São Paulo. Nem preciso dizer que com suas características custom, com longo entre eixos, guidão largo, ela ficou meio sem jeito, sem espaço nas ruas. Mesmo assim tem centro de gravidade baixo o suficiente pra se manter rodando lentamente à espera dos espaços e dos semáforos.
Na estrada ela esteve à vontade. Até os 120 km/h é macia, estável e tem uma sobra de potência capaz de nos livrar do incômodos motoristas que adoram colar na traseira. E nem é preciso reduzir marchas. O torque é fantástico!
Problema apenas foi a falta de um marcador de nível de combustível. O vento no peito cansa na longa viagem, mas foi um exercício bem vindo. Boa de curva, boa de freio ela não copia bem as ondulações mais abrusptas. Gostaria de testar numa estrada sem tanta qualidade de asfalto pra saber se dá pra manter o ritmo de viagem. Nota oito.

sexta-feira, julho 17, 2009

Danica cada vez mais Nascar


A cada dia que passa a Mulher Maravilha da F-Indy está mais perto da Nascar.

Nesta semana ela foi visitar a sede da equipe de Tony Stewart. Estava tudo bem produzido, com a visita tornada pública desde o primeiro minuto e sem a presença de Stewart na visita, por conta de um teste de pneus que, claro, não foi marcado de última hora. Conveniente a ausência do chefe pois se ele estivesse lá a visita seria oficial. Oficiosa, foi apenas para que Danica conhecesse o local, as instalações e os carros...

Claro que serviu pra muito mais. Serviu para provocar os brios dos atuais patrões de Danica, a equipe Andretti/Green. Eles ainda esperam poder manter a garota no time mas a pedida dela é bem salgada: quer dez milhões de dólares pra ficar. Salário de campeão. E mesmo assim campeão em outros tempos e não estes, de crise.


Danica ainda não ganhou nada na Indy, ainda tem muito que aprender como piloto mas esta na frente de seus companheiros de equipe no campeonato. Quinto lugar depois de dez das dezessete etapas. Mas só vale tanto dinheiro como piloto propaganda. E pra isso a vitrine da Nascar é bem maior.

domingo, julho 12, 2009

Batidinha


Faltavam dezessete voltas para o final da prova. Hélio Castroneves tinha de se segurar por causa dos pneus macios já sem a melhor aderência. Dario Franchitti passou para a liderança e Helio passou a encarar o ataque do piloto que fazia show para sua torcida, Paul Tracy.

Não dava pra segurar porém a ultrapassagem do canadense estava acontecendo num dos trechos mais apertados da pista e a consequência foi a batida. Os dois se enroscaram e Tracy nem culpou Helio. Mas ninguém nas arquibancadas perdoou o brasileiro e a vaia foi das maiores.

Fim de prova para os dois com Tracy mostrando que alí ele manda, saiu em décimo quinto e seria osso duro de roer para Franchitti nas voltas finais, tivesse ele passado.

Para Helio o acidente é um golpe forte em suas pretensões ao título pois Ryan Briscoe (334), Scott Dixon(345) e o novo líder Dario(347), abriram muitos pontos. O brasileiro tem 269 pontos.

A próxima corrida é dia 26 de julho em Edmonton, de volta ao Canadá.

Mais uma vez Rubinho é prejudicado na F-1.


Não adiantou nada a bela largada! Não adiantou largar na frente do companheiro de equipe, Jenson Button.
Na hora em que ficou claro que a Red Bull tinha mais velocidade pra vencer a corrida, Ross Brawn decidiu que não brigaria pela vitória ou pelo pódio com Rubinho e destruiu a corrida do brasileiro. Parada nos pits com uma ridícula ação de reabastecimento com troca de mangueira depois de um suposto problema e ainda por cima não deixaram a quantidade certa de combustível entrar no tanque.
Incompreensível! Inadmissível! Os caras são uma equipe de F-1, pôxa. Como pode?
Pensem comigo, se o erro problema com a primeira mangueira, era só deixar o combustível programado entrar no tanque que o Rubinho teria combustível para manter a estratégia de usar os pneus mais duros e ir até o fim sem mais paradas. Mas não, o novo bico da mangueira entrou e pararam o reabastecimento antes de entrar a quantidade necessária pra terminar a prova. E Rubinho voltou pro pit. Pra piorar a situação, nesse último pit faltando nove voltas para o final, colocaram pneus de composto duro evidentemente mais lento que o pneu de composto mais macio.
Assim Rubinho não só não chegou no pódio, não chegou a frente de Button, motivo principal da estratégia de destruir sua corrida, mas ainda perdeu o segundo lugar na classificação do campeonato.
A F-1 é mesmo triste nesse quesito de manipulação....Torço mais que nunca para Vettel!

Treinos em Toronto

Chuva nos treinos, pista curta e estreita, asfalto sem o emborrachamento necessário e, claro, tráfego compuseram um cenário bem ruim para os pilotos que brigam pelo título na Indy. Ryan Briscoe, Scott Dixon e Helio Castroneves ficaram lá atrás culpando tráfego. Helio vai sair em décimo, Briscoe o décimo primeiro e Dixon em oitavo.
A pole, porém é do também candidato ao título deste ano Dario Franchitti. O escocês teve pista livre e andou muito pra fazer de dois décimos de segundo mais rápido que o segundo do grid o australiano Will Power na terceira Penske.
Tony Kanaan ficou apenas em vigésimo depois de um acidente no terceiro treino livre. Rafael Matos é o nono, Mario Moraes é o décimo terceiro.
A corrida para os brasileiros promete ser bem difícil.

quinta-feira, julho 09, 2009

Toronto


Pista interessante, fãs apaixonados em uma das mais belas cidades que conheci. Toronto é a maior do Canadá e costuma ser dublê de Nova Iorque em muitos filmes de Hollywood por causa do custo mais baixo de filmar ali e, claro, pela semelhança de algumas de suas esquina com a considerada capital do mundo.

Toronto tem alguns dos melhores restaurantes de qualquer tipo de comida, o tráfego é civilizado, os hotéis são para todos os bolsos e pra completar o clima da cidade, nessa época do ano, mistura 23 graus de temperatura ambiente e um vento constante que faz de qualquer caminhada, ou mesmo corrida no parque, algo prazeroso.

Foi numa das lojas de música da cidade que conheci a banda Garbage. Indicação de uma das atendentes. As guitarras da marca Ibañes estavam em promoção, pena não ter mais dinheiro naquele dia...

Em 2001 produzi para a TV Record Internacional o programa "Fala Brasuca" que contava a história de brasileiros pela america do norte. E em Toronto também tem uma comunidade de brasileiros. Imersos no frio de sete meses anuais da cidade (inimagináveis nesses dias de verão), os brasileiros alí são trabalhadores admirados pela força de vontade e facilidade de adaptação. Uma das moças dessa cominudade, a Rose me contou que passou 16 anos em Toronto até poder voltar para casa, em João Pessoa. Voltou, viu as irmãs e os pais, chorou pelo tempo perdido e pelos rostos que quase nem conhecia mais. Passou um inverno na Paraíba e voltou para Toronto, sua casa, onde o filho João torce por Tony Kanaan.
Que na volta da Indy para a cidade a Rose, João e os outros brasucas da comunidade possam curtir uma corrida a altura da nossa espectativa por estar de volta a uma cidade tão querida por todos. A pista, bem a pista é parecida com a Long Beach.

segunda-feira, julho 06, 2009

Incêndios


Acabo de ler no Tazio.com.br que os equipamentos da equipe Action Power foi integralmente perdido depois de um incêndio da carreta da equipe em sua viagem de São Paulo até a sede da equipe em Curitiba.

Lembro que no ano passado dois incêncios também destruiram os equipamentos da equipe do Marcos Paioli que voltava de uma prova em Tarumã e do piloto de motos Juca Bala durante o rali dos Sertões..

Perdas irreparáveis.

Mas eis que chega na minha caixa de mensagens este release da minha amiga Silvana Grezzana que faz assessoria de impresa da piloto Helena Deyama e da navegadora Joseane Koerich.

A história passa também por um incêndio mas tem um final feliz.

Copio o material escrito pela Silvana que segue:


"....

Experiente em desafios, Helena encarava o seu 10º Rally dos Sertões, ao lado da navegadora Josi, tinha tudo para chegar à frente, e fazer bonito concorrendo ao lado da grande maioria dos competidores do sexo masculino. Porém, um incêndio na sétima etapa pôs um ponto final na disputa da dupla. Após o momento de grande frustração e tristeza, elas contaram com o apoio por onde passavam para seguir em frente, inclusive de adversários, que deixaram a competitividade de lado, e se mostraram solidários ao incidente com a dupla.O primeiro a tomar uma atitude para ajudar Helena, foi o amigo e experiente piloto Reinaldo Varela. "Ele teve a ideia, durante o briefing dos competidores de fazer uma rifa de um jogo de pneus Goodyear, de competição. Na mesma hora todos aderiram à iniciativa, e começaram a comprar os números que foram confeccionados em papel no improviso, a Nani esposa do Varela ajudou, junto com a Josi, e até os pilotos de moto compraram a rifa", contou Helena. Mas este foi apenas o início da reviravolta na história. A rifa foi sorteada na festa de premiação, dia 04, em Natal. No momento do sorteio, Helena foi chamada à frente para que fizesse um depoimento. Muito surpresa, e emocionada, Helena contou que em todos esses anos participando da competição, aprendeu que a prova é uma lição de vida. "Esse ano essa lição foi um pouco mais dura. Ainda não tinha caído a ficha do que ocorreu, e só me serviu para mostrar que nas horas difíceis, é que você vê que tem amigos verdadeiros, e que o rali é uma grande família", afirmou Helena, emocionando a todos.Após o discurso, foi feito o sorteio da rifa dos pneus, e o grande vencedor foi o diretor de prova, Jaime Santos, que agradeceu, porém não pôde aceitar o prêmio, pois não teria como levar para casa, pois mora em Portugal. Sendo assim, decidiu fazer uma doação dos pneus, proporcionando um novo sorteio. Com a sugestão da navegadora Josi, foi decidido que seria feito um leilão.O leilão saiu para o presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), Clayton Pinteiro, concluído em R$ 3.100,00. Este, novamente não quis o prêmio e sugeriu que o mesmo fosse doado a uma instituição de caridade. Certa de que as emoções já haviam terminado Helena, foi novamente pega de surpresa. Desta vez, pelo piloto da equipe Volkswagen, o príncipe do Qatar, Nasser Al-Attiyah, em uma atitude muito digna, após entender o que estava acontecendo, decidiu doar uma quantia em dinheiro para Helena.Como não fala português, Nasser escolheu seu companheiro de equipe, o brasileiro Eduardo Bampi como porta-voz. Segundo Bambi, o piloto estrangeiro ficou muito comovido com a história, e por isso, doou a Helena à quantia de 20 mil dólares. "Nunca passei por tanta emoção em minha vida, ele fez essa doação, e disse que quer nos reencontrar na próxima edição do rali. Houve também, nessa hora uma certeza de quebra de preconceitos, de estigmas de existir uma dupla feminina nas provas de rali", disse Helena, certa de que a 17ª edição do Rally dos Sertões foi a mais tocante de toda a sua história. "Não posso esquecer de dizer que a Josi foi muito mais que uma navegadora, foi uma companheira de verdade, uma guerreira em todas as horas", finalizou Helena, complementando dizendo que a dupla já tem planos de correr novamente, na 18ª edição .


Uma bela história, não?